domingo, 22 de março de 2015

Desencarne

   










          O DESENCARNE

“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que guardar a minha palavra, jamais morrerá”. Jesus (João, 8:51).

A. ORIGEM DA NECESSIDADE DA MORTE

“A queda (Involução) do ser não significa somente desmo­ronamento de dimensões, mas igualmente o de todas as suas quali­dades, na posição inversão. E, pois, natural que a primeira delas: a liberdade se transforme em escravidão. Agora verificamos preci­samente isto: a característica da matéria, situada na dimensão infe­rior, volume, em que o espírito se despenha (forma espacial), é jus­tamente o determinismo; e a característica do espírito situado na dimensão superior, consciência, é exatamente a liberdade. Esta condição de determinismo na matéria representa, pois, a posição dos espíritos decaídos. Estes são, assim, precipitados de sua natural liberdade na prisão da forma, na condenação de não poder vi­ver senão em um corpo. Evolver, espiritualizando-se, significa in­verter a posição, isto é, aprender a viver sem ele, a dele desprender-se sem mais considerá-lo como a própria vida, mas apenas como uma negação desta. Se se atentar para como esta é concebida em nosso mundo e que apego se tem neste pelo corpo e seus bens, compreender-se-á então quão longe ainda estamos de libertar-nos do mal e da dor. Para um espírito elevado, sujeitar-se a uma vida física humana representa a maior pena, mas mesmo assim grandes espíritos a aceitaram para ajudar-nos a subir e redimir-nos. Ser condenado a viver a vida eterna fragmentada em uma infinidade de pequenos ciclos, com a morte ao fim de cada um, é realmente a dor merecida ....” (Pietro Ubaldi – DEUS E UNIVERSO – Cap. VI – Desmoronamento e Reconstrução do Universo – Pág. 66 – 2 Ed)

“A vida corporal é bem a expressão da morte, através da qual efetuais as vossas observações e os vossos estudos”. (FCXAVIER – EMMANUEL - Emmanuel – pág. 129)

Por milênios consecutivos o homem ensaia a desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência, após a decomposição do corpo somático. Recordando as anteriores comparações com o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece novas formas e, assim como a larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em experiência enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo a própria conduta, e entregando-se em seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, a pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento que pode ser longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se nele, a medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana”.

É assim que a consciência nascente no homem pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação da alma, como praticou estas mesmas lições da vida no plano físico, pelo renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evolutindo, degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da inteligência”.(André Luiz – EVOLUCAO EM DOIS MUNDOS – Alma e Desencarnação – Cap. XII – Pag. 52 – FCX – FEB)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Evolução

                                                                    





















                                                               CRIACAO DOS ESPÍRITOS

a.1. CRIACAO PRIMORDIAL

....Neste processo, Deus multiplicou-se, como que se dividindo num número infinito de seres e no entanto continuando uno. Nos três momentos, a unidade de Deus permanece intacta e idêntica. Em vista de, ao Todo, nada se poder acrescentar, a criação ocorreu e permaneceu no seio do Tudo-Uno-Deus. Em outras palavras, poderemos imaginar este processo criador, como uma íntima auto-elaboração, pela qual Deus se transformou, de seu estado homogêneo e indistinto, em outro seu estado diferenciado e orgânico. (O SISTEMA – Pietro Ubaldi – Cap II – Pág. 37 – 2 ed)
 “Essa era de puros espíritos perfeitos, bem diferentes em toda sua qualidade, daquela em que nos achamos atualmente situados...” (O SISTEMA – Pietro Ubaldi – Cap II – Pág. 38 – 2 ed)

“Pode dizer-se que o Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material” (LE questão 76)

“Como sabeis, o Espírito, quando reveste o corpo de carne, já tem feito a escolha de suas provações. Bem deveis, portanto, compreender que antes de começar uma nova existência terrena, ele está destinado à vida de família ou à esterilidade. Os arrastamentos da carne também são muitas vezes uma prova de que lhe cumpre ESFORÇAR-SE por sair vitorioso [...].” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 3 p.176)

a.2. VIVÊNCIA EVOLUTIVA ENCLAUSURADO NA MATÉRIA

“O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido ao redor de um foco de inteligência ou alma. Viu-se que o corpo carnal tem igualmente seu princípio neste mesmo fluido transformado e condensado em matéria tangível; no perispírito, a transformação molecular se opera diferente, porque o fluido conserva a sua imponderabilidade e as suas qualidades estéreas. O corpo perispiritual e o corpo carnal têm, pois, a sua fonte no mesmo elemento primitivo; um e outro,são da matéria, embora sob dois estados diferentes.” (A Gênese, cap. XIV, item 7)

78. -Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?
... Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério”. (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 78).

“[...] Na criação, tudo, tudo tem uma origem comum; tudo vem do infinitamente pequeno para o infinitamente grande, até Deus, ponto de partida e de reunião.
“Não esqueçais que tudo provém de Deus e para Deus volta; de Deus uno, criador incriado, pai de tudo e de todos; de Deus, grande motor de quanto existe, pilar inabalável sem o qual repousam as multidões de mundos disseminados no espaço como os átomos no ar.
“O fluido universal, que toca de perto a Deus e dele parte, constitui, pela sua quinta-essência e mediante as combinações, modificações e transformações de que é passível, o instrumento e o meio de que se serve a inteligência suprema para, pela onipotência da sua vontade, operar, no infinito e na eternidade, todas as criações espirituais, materiais e fluídicas destinadas à vida e à harmonia universais, para operar a criação de todos os mundos, de todos os seres em todos os reinos da natureza, de tudo que se move, vive, é.
561/562- [...] o criador incriado, é pessoa e distinto da criação, das criaturas, que são dele, por ele e nele e não ele, que são, pois, nesse sentido, uma parte do ser dividido ao infinito, para o efeito de elevar-se do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, na individualidade e na imortalidade.
“[...] o que assim vos foi explicado vos mostra o Espírito na origem de sua formação, como essência espiritual, saindo do todo universal, isto é, do conjunto dos fluidos espalhados no espaço e que são a fonte de tudo o que existe, quer no estado espiritual, quer no estado fluídico, quer no estado material; como essência espiritual formada da quintessência desses fluidos, pela vontade do Senhor onipotente. [...]” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p. 288-290 e Tomo 4 p. 561-562)

“O que Deus lhe faz dizer, pelos seus mensageiros, e o que, aliás, o homem poderia deduzir, ele mesmo, do princípio da soberana justiça, que é um dos atributos essenciais da Divindade, é que todos têm um mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com uma igual aptidão para progredir pela sua atividade individual; que todos atingirão o grau de perfeição compatível com a criatura pelos seus esforços pessoais; que todos, sendo filhos de um mesmo Pai, são objeto de uma igual solicitude; que não há nenhum mais favorecido ou melhor dotado que os outros, e dispensado do trabalho que seria imposto a outros pra alcançar o objetivo.” (A Gênese, cap.XI item 7)

b) JUSTIÇA DO PROCESSO

“E criou DEUS o homem a sua imagem, a imagem de DEUS o criou...” (GEN 1:27 - TORÁ – A lei de Moisés – Pág. 3 – Editora Sêfer)

115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.” (L.E questão 115)

“Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. E, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos”.(ESE - CAPÍTULO V - Justiça das aflições – Pag. 70 Item 3 – IDE)


b) EVOLUCAO GRADATIVA

 “À medida que o Espírito se distancia do ponto de partida, desenvolvem-se-lhe as idéias, como na criança, e, com as idéias, o livre-arbítrio, isto é, a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir este ou aquele caminho para seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do Espírito.
O objetivo final de todos os Espíritos consiste em alcançar a perfeição de que é suscetível a criatura. O resultado dessa perfeição está no gozo da suprema felicidade que lhe é conseqüente e a que chegam mais ou menos rapidamente, conforme o uso que fazem do livre-arbítrio.
“A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira; não é mais do que um instante na eternidade”. (Kardec, Obras Póstumas, 16. ed., p. 37).

“...Só quando o espírito atingiu a perfeição, e só então, lhe é dado modificar voluntariamente o seu perispírito, de acordo com as necessidades do momento, com as regiões que tenha de percorrer, com as missões que o senhor lhe confiar, conservando-se inalterável a essência purificada do mesmo perispírito. (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p.299)


c) PROGRIDEM DE FORMA IGUAL?

“São criados iguais, porém, não sabendo donde vêm, preciso é que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente em inteligência como em moralidade” (L.E questão 127)

“De posse do Livre-arbítrio, podendo escolher o caminho que prefiram seguir, os Espíritos são subordinados a outros, prepostos ao seu desenvolvimento. É então que a vontade os leva a enveredar por este caminho de preferência àquele”.
“A vontade, atuando então no exercício do Livre-arbítrio, traça uma direção boa ou má ao Espírito que, deste modo, pode falir ou seguir simplesmente e gradualmente o caminho que lhe é indicado para progredir. Muitos se transviaram: alguns resistem aos arrastamentos do orgulho e da inveja”.
“[...] aqueles que, dóceis seguem simplesmente e gradualmente o caminho que seus guias lhes indicam para progredirem atraem os Bons Espíritos, simpáticos às suas tendências boas, ao seus bons sentimentos e pendores.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p.297-298)


e) DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS

96. “São iguais os Espíritos, ou há entre eles qualquer hierarquia?”
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.” (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 96).

97. “São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem se multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.
Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão a terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal, e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.” (L.E questão 97)

“só deus é perfeito de toda a eternidade. só ele tem a perfeição absoluta: o amor universal infinito, a ciência universal infinita. só deus pode dizer: não irei mais longe, [...] o espírito criado jamais o pode igualar. ora, como tudo, no universo, na imensidade, no infinito tende sempre a progredir.
“a perfeição moral como a intelectual é relativa, um espírito pode ser moral e intelectualmente perfeito com relação a todos os mundos inferiores ao que ele habita, pode ser muito elevado relativamente a vós outros, na hierarquia espírita; perfeito, moral e intelectualmente, com relação ao vosso planeta, e não ter chegado ainda ao ponto culminante da perfeição, cumprindo-lhe, para atingi-lo, progredir muito em ciência universal. são esses os espíritos que indicais pela designação de espíritos superiores.
“o ponto culminante da perfeição é a perfeição sideral, isto é, a perfeição moral e intelectual. [...]
“também entre os puros espíritos, que, em pureza são todos iguais, por haverem chegado todos à perfeição moral, há hierarquia, conforme já o explicamos (1 vol. Pág. 326)), sob o ponto de vista da ciência universal. [...]” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 pág.326-327 e Tomo 2 pág.477)


d.1. ESCALA ESPÍRITA

d.1.1 - Terceira Ordem - Espíritos Imperfeitos
CARACTERES GERAIS — Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são conseqüentes.
Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.
Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo. [...]
Podem compor cinco classes principais.
Décima classe — ESPÍRITOS IMPUROS — São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o que conseguirem retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam. [...].
Nona classe — ESPÍRITOS LEVIANOS — São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes. Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os empregam, como fazemos com os nossos servidores. [...]
Oitava Classe — ESPÍRITOS PSEUDO-SÁBIOS — Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, crêem saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes. Mas, em geral, isso não passa de reflexo dos preconceitos e idéias sistemáticas que nutriam na vida terrena. É uma mistura de algumas verdades com os erros mais polpudos, através dos quais penetram a presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que ainda não puderam despir-se.
Sétima Classe — ESPÍRITOS NEUTROS — Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
Sexta Classe — ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES — Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc. Afiguram-se, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência; quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam mão destes últimos como seus auxiliares.

d.1.2 - Segunda Ordem — Bons Espíritos
CARACTERES GERAIS — Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos. [...]
Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
Podem ser divididos em quatro grupos principais.
Quinta Classe — ESPÍRITOS BENÉVOLOS — A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.
Quarta Classe — ESPÍRITOS SÁBIOS — Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.
Terceira Classe — ESPÍRITOS DE SABEDORIA — As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.
Segunda Classe — ESPÍRITOS SUPERIORES — Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.

d.1.3 - Primeira Ordem — Espíritos Puros
CARACTERES GERAIS — Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
Primeira Classe. Classe Única — Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui pra eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Podem os homens por-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens”. (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 101-113).


e) O ESPÍRITO REGRIDE?

118. Podem os Espíritos degenerar?

“Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.” (L.E questão 118)”

quinta-feira, 19 de março de 2015

Santuário Sublime

                                                                 











        O Santuário Sublime


No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
Da cabeça aos pés, sentimos a glória do Supremo Idealizador que, pouco a pouco, no curso incessante dos milênios, organizou para o espírito em crescimento o domicílio de carne em que a alma se manifesta. Maravilhosa cidade estruturada com vidas microscópicas quase imensuráveis, por meio dela a mente se desenvolve e purifica, ensaiando-se nas lutas naturais e nos serviços regulares do mundo, para altos encargos nos círculos superiores.
A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra, é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que nosso Planeta pode oferecer. (Emmanuel, Roteiro, 6. ed., p. 20-21).

9. PERISPÍRITO

a) CONCEITO
“É o envoltório fluídico, semimaterial, que serve de ligação entre a alma e o corpo”. (Kardec, O Livro dos Médiuns, 58. ed., p. 71, 73).

O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico. (Emmanuel, Roteiro, 6. ed., p. 31-32).

b) FUNCAO

“Organismo fluídico, caracterizado por seus elementos imutáveis, é o assimilador das forças protoplásmicas, o mantenedor da aglutinação molecular que organiza as configurações típicas de cada espécie, incorporando-se átomo por átomo, a matéria do germe e dirigindo-a, segundo a sua natureza particular.” (Emmanuel, Emmanuel, cap. XXV, p.127)

“Durante a sua união com o corpo, é o veículo de seu pensamento, para transmitir o movimento às diferentes partes do organismo que agem sob o impulso de sua vontade, e para repercutir no Espírito as sensações produzidas pelos agentes exteriores. Ele tem por fio condutor os nervos, como no telégrafo o fluido elétrico tem por condutor o fio metálico.” (A Gênese, cap..XI item17)

.... o perispírito ... para nos servirmos de uma comparação material, diremos que é o fio condutor, que serve para a recepção e transmissão do pensamento; é, em suma, esse agente misterioso, imperceptível, conhecido pelo nome de fluído nervoso, que desempenha tão grande papel na economia orgânica e que ainda não se leva muito em conta nos fenômenos fisiológicos e patológicos.
[...] no conhecimento do perispírito, está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis”. (Kardec, O Livro dos Médiuns, 58. ed., p.72).

“Devendo a matéria ser o objetivo de trabalho do Espírito, para o desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que pudesse atuar sobre ela, por isso veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta. Devendo ser a matéria, ao mesmo tempo, o objetivo e o instrumento de trabalho, Deus, em lugar de unir o Espírito à pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados; flexíveis, capazes de receber todos os impulsos de sua vontade, e de se prestar a todos os seus movimentos.” (GE cap.XI item 10).

c) NATUREZA

Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir [...].(Emmanuel, Roteiro, 6. ed., p. 31-32).


d) COMPOSIÇÃO DO PERISPÍRITO

“Os Espíritos haurem o seu perispírito no meio onde se encontrem, quer dizer que este envoltório é formado de fluidos ambientes; disso resulta que os elementos constitutivos do perispírito devem variar segundo os mundos. Sendo dado como um mundo muito avançado, comparativamente à Terra, Júpiter, onde a vida corpórea não tem a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais devem ser ali de uma natureza infinitamente mais quintessenciada do que sobre a Terra. Ora, do mesmo modo que nós não poderíamos existir nesse mundo com o nosso corpo carnal, nossos Espíritos não poderiam ali penetrar com o seu perispírito terrestre. Deixando a Terra, o Espírito nela deixa o seu envoltório fluídico, e se reveste de um outro apropriado ao mundo onde deve ir. (A Gênese cap..XIV item 8)

“É formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiométrica, é aparelhagem de matéria rarefeita, alternado-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.” (Emmanuel, Roteiro, cap. 6, p. 31-32)

“O perispírito, dessa forma, é também constituído pelo conjunto dessas consciências celulares que formam a consciência global encarregada de transmitir ao espírito as memórias, as conquistas e realizações de cada experiência reencarnacionista, e de todas elas em conjunto, sempre alteradas conforme as transformações naturais da etapa vivenciada.” (Joanna de Angelis – DIAS GLORIOSOS – Cap.Pensamento e Doença – Pág. 50 – LEAL)

e) ÓRGAOS COMPONENTES DO PERISPÍRITO

O perispírito – corpo de matéria rarefeita – está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, pelo poder da mente, estabelecem para nosso uso, um veículo de células elétricas (como um campo magnético). (ENTRE A TERRA E O CÉU – André Luiz - Francisco Cândido Xavier –16a ed.)


f) ESTRUTURAS DO PERISPÍRITO

Nosso corpo espiritual (perispírito), em qualquer parte, refletirá  luz ou a treva, o céu ou o inferno que trazemos em nós mesmos. (Emmanuel – Roteiro, pág. 22)

Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as idéias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança como no cinematógrafo comum.
Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes. (F.C.Xavier – Espírito André Luiz – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Cap. XVII – Mediunidade e Corpo Espiritual – Pag. 129 - 8a ed. - FEB)


quarta-feira, 18 de março de 2015

O Retorno

  1.                                          













  1.                                                O RETORNO – EVOLUCAO

“Deus preside o começo de todas as coisas, acompanha paternalmente as fases de cada progresso e atrai a si tudo o que haja atingido a perfeição”. (OS QUATRO EVANGELHOS – J.B.Roustaing – Vol I – Pág. 290)

.... Chegados a esse momento, Deus retoma Sua lenta ação de atração para Si, como centro..... pois este é centrípeto, e é tão grande a atração que o mantém uno e compacto....
....este segundo período de subida ou evolução significa a destruição da matéria como tal e a reconstrução do universo originário espiritual.
.... Trata-se de reabsorver todas as qualidades do Anti-Sistema nas do Sistema, ou seja, como acima dissemos, de voltar a trazer a ignorância ao conhecimento, a materialidade à espiritualidade, a dor à alegria, o mal ao bem, o caos à ordem....
Então, o ciclo completo do “tornar-se” de nosso universo pode ser resumido nesta expressão sintética:

 





....Mas o árduo esforço da evolução e do progresso, embora garantida por aquela presença a segurança da vitória, compete todo à criatura, e no presente trecho da estrada, compete a nós, humanos. O nosso caminho não é ao acaso. Esta visão explica-nos claramente qual o ponto de partida e o de chegada.(O SISTEMA – Pietro Ubaldi – Cap. IV – O CICLO – INVOLUCAO/EVOLUCAO – Pag. 48/49 – 2 Ed.)


  1. O ESPÍRITO E A EVOLUCAO

            “No princípio Deus criou o céu e a terra.
            ... e as trevas estavam sobre a face do abismo...
            E Deus disse: “Faça-se a luz. E a luz foi feita.
            ... e separou as águas... e à massa de água chamou mar.
            E disse: A terra germine erva verde...
            E a terra produziu erva verde...
            E depois Deus disse: As águas produzam os répteis, animais e viventes, as aves sobre a terra e na amplidão dos céus.
            E Deus criou os grandes peixes e todos os animais vivos... produtos da água, segundo suas espécies...
            E disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...
            E Deus criou o homem à sua semelhança...
            ... Formou o homem do pó da terra e soprou-lhe na face o sopro da vida e o homem foi feito alma viva.
            Essas foram as origens do céu e da terra”...
(Pentateuco, A Gênese, cap. I)
            Assim nos revelou a inspiração de Moisés.
            Em sua intuição, ele traçava o caminho que nós seguimos, o da evolução do ser, da matéria ao espírito. No irrefreável transformismo evolutivo, primeiro aparece a matéria: a terra. Depois move-se a energia: a luz. Nas cálidas bacias das águas reunidas, a mais alta forma evolutiva dinâmica, concentra-se, na potência ainda mais alta de um novo Eu fenomênico, e nasce o primeiro germe de vida em sua primordial forma vegetal, depois se alastrou sobre a terra e ascendeu às formas animais, sempre ansiosas por subir. O impulso divino, sempre atuante, criou o homem do pó da terra, feito de matéria (gama), que subiu até a fase de consciência (alfa, o sopro da vida); e aparece o homem que resume em si a obra completa e a trindade divina de seu universo: gama_matéria, Beta_energia, Alfa_espírito. (Pietro Ubaldi – A GRANDE SÍNTESE – A Gênese - Cap. XLV – Pág. 147 – 16 Ed)


“Não esqueçais que tudo provém de DEUS e para DEUS volta; de DEUS uno, criador incriado, pai de tudo e de todos:” (OS QUATRO EVANGELHOS – J.B.Roustaing – Vol I – Pág. 288)

540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso?
“Uns sim, outros não. Estabeleçamos uma comparação. Considera essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos. Julgas que não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia geral? Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus. Pois bem, do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!” (LE – ALLAN KARDEC - Cap. IX - Parte 4 – Pag. 273/274 – FEB)

607. “Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. ... Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar que Deus haja feito,seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro,fora blasfemar da sua bondade, que se estende por sobre as suas criaturas.” (L.E, questão 607 a)

44. Donde vieram para a Terra os seres vivos?
“A Terra lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram.” (LE – ALLAN KARDEC - Cap. III – Da Criação – Formação dos Mundos – FEB)

“Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e dos protozoários, das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico, aos fetos e as licopodiáceas....foramiríniferos e radiolários dos terrestres silurianos, o princípio espiritual atingiu os espongiários e celenterados da era paleozóica...Avançou pelos equinodermos e crustáceos...caminhou nos pterossáurios, no jurássico superior, chegando a época supracetácea para entrar na classe dos mamíferos. Viajando sempre, adquire entre os ...rudimentos ds reações psicológicas superiores, incorporando as conquistas superiores do instintos e da inteligência. Estagiando nos marsupiais e cetáceos etc....e alcançando os pitecantropóides da era quaternária...a monada vertida do plano Espiritual sobre o Plano Físico, atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando...organização, reprodução, memória, instinto, sensibilidade, percepção, preservação, penetrando, assim...nas faixas inaugurais da razão”. (EVOL EM DOIS MUNDOS – A LUIZ – FCX – Cap. III – Evolução e Corpo Espiritual – Pág. 33 – 8 ed. – FEB)

“O Princípio Espiritual, crisálida da consciência, nasce, por transformação, de extrema evolução da energia, no berço da matéria.”
“...O Princípio Espiritual é o gérmen do Espírito, a protoconsciência.” (UNIVERSO E VIDA – Áureo – HT Sant’anna – Cap. Átrios da Protoconsciência – Pág. 39/42).

“... o tato nasceu no principio inteligente, na sua passagem pelas células nucleares em seus impulsos amebóides;... a visão principiou pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão solar; o olfato começou nos animais aquáticos de expressão simples, por excitação do ambiente em que evolviam;.. o gosto surgiu nas plantas, muitas delas armadas de pêlos viscosos destilando sucos digestivos; ... as primeiras sensações do sexo apareceram com algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas umas para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos definir como região secundária de simpatias genésicas.(...) examinando, pois, o fenômeno da reflexão sistemática, gerando o automatismo que assinala a inteligência de todas as ações espontâneas do corpo espiritual, reconhecemos sem dificuldade que a marcha do principio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência humana para o reino angélico simbolizam a expansão  multimilenar da criatura de Deus que, por forca da lei divina, deve merecer, com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.” (EVOL EM DOIS MUNDOS – A LUIZ – FCX – Cap. IV – Automatismo e Corpo Espiritual – Pág. 40/41 – 8 ed. – FEB).

“O Princípio Inteligente se desenvolve ao mesmo tempo que a matéria e com ela progride, passando da inércia a vida. ... Essa multidão de princípios latentes aguarda, no estado cataléptico, em meio e sob a influência dos ambiente destinados, a faze-los desabrochar, que o Soberano Mestre lhes dê destino e os aproprie ao fim a que devam servir, segundo as leis naturais... Tais princípios sofrem passivamente, através das eternidades e sob a vigilância dos espíritos prepostos, as transformações que os hão de desenvolver, passando sucessivamente pelos reinos, mineral, vegetal e animal e pelas formas e espécies intermediárias que se sucedem entre cada dois desses reinos. Chegam dessa maneira, numa progressão contínua, ao período preparatório do estado de Espírito formado, isto é, ao estado intermediário da encarnação animal e do estado espiritual consciente”. (OS QUATRO EVANGELHOS – J.B.Roustaing – Vol I – Pág. 289/290).

“No quadro exíguo dos vossos conhecimentos, busquemos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor que deve imperar em todos os departamentos da natureza visível e invisível”.

O mineral é atração. 
O vegetal é sensação. 
O animal é instinto.
O homem é razão. 
O anjo é divindade. 

        “Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal”.(O CONSOLADOR - Emmanuel - pág. 58)

  1. COMPLEXO HUMANO

Pergunta 27. “Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluído universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais.” (LE – ALLAN KARDEC, DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO, 33. ed.).

 Pergunta 135. “O homem é, portanto, formado de três partes essenciais:

1°) o corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

2°) a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação;

3°) o princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.” (LE – Allan Kardec, DA ENCARNACAO DOS ESPÍRITOS - 33 ed.)

8. O CORPO

a) Conceito

“O corpo humano é um conjunto de células aglutinadas ou de fluidos terrestres que se reúnem, sob as leis planetárias, oferecendo ao Espírito a santa oportunidade de aprender, valorizar, reformar e engrandecer a vida.”(F.C.Xavier – Espírito Emmanuel - PÃO NOSSO - pág. 121)

“Genericamente, corpo é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas — orgânicas ou inorgânicas — que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...”
“O corpo humano, em razão de mutações, transformações, adaptações, condicionamentos filogenéticos e mesológicos, serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações.” (Joanna de Ângelis, Estudos Espíritas, 2. ed., p. 47).

“Desse modo, operando em harmonia conjunta, cada célula é portadora de pródomos de consciência individual, em cujas tecelagens delicadas se imprimem às necessidades evolutivas do ser humano.” (Joanna de Angelis – DIAS GLORIOSOS – Cap.Pensamento e Doença – Pág. 49 – LEAL)

Comentário do Espírito Aniceto:

“- Vimos aqui um irmão no momento da retirada. Repare a incapacidade dele para governar as células em conflito. A corrente sanguínea transformou-se em veículo de invasores mortíferos, que não encontram qualquer fortificação na defensiva. Observe e identificará milhões de unidades da tuberculose, da lepra, da difteria, do câncer, que até agora estavam contidas nos porões da atividade fisiológica, pela defesa organizada, e que se multiplicam assustadoramente, de par com outros micróbios tão prolíferos quão terríveis. A nutrição foi interrompida. Não há possibilidade de novos suprimentos hormonais. O agonizante retrai-se aos poucos e ainda não abandonou totalmente a carne, por falta de educação mental. Vê-se pelo excesso de intemperança das células, sobra as quais não exerce nem mesmo controle parcial, que este homem viveu bem distante da disciplina de si mesmo. Seus elementos fisiológicos são demasiadamente impulsivos, atendendo muito mais ao instinto que ao movimento da razão concentrada. A falar a verdade, este nosso amigo não está desencarnando, está sendo expulso da divina máquina, onde pelo que vemos, não parece ter prezado bastante os sublimes dons de Deus”. (André Luiz – OS MENSAGEIROS – Cap.49 – Máquina Divina – Pág. 256, 24 Ed. – FEB).
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