terça-feira, 31 de março de 2015

Mundos de Expiações e de Provas




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Mundos de Expiações e de Provas

“Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o indício de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.
Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados...
A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito”. (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 82-83).

6.2.3) Mundos de Regeneração

“Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita eqüidade preside as relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos, portanto, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.” (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 84).

6.2.4) Mundos Ditosos
“[...] onde o bem sobrepuja o mal.” (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 84).

6.2.5) Mundos Celestes ou Divinos
“[...] habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem”. (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 84).

6.3 - A GRANDE FAMÍLIA UNIVERSAL

“[...] Existem, porém, aglomerados galácticos conhecidos, com mais de cem galáxias. E dizer-se que só na nossa modesta galáxia existem mais de cem bilhões de sóis! Esses mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os Filhos do Criador, a Grande Família Universal... São eles as grandes Escolas das Almas, as Grandes Oficinas do Espírito, as Grandes Universidades e os Grandes Laboratórios do Infinito... E são também — Deus seja louvado! — os berços da Vida. (Áureo, Universo e Vida, 4. ed., p. 31-33).


“Apesar da objetiva dos vossos telescópios, que descortinam, na imensidade, “as terras do céu”, julga-se erradamente que apenas o vosso mundo oferece condições de habitabilidade e somente nele se verifica o florescimento da vida.... A terra é apenas um ponto obscuro e opaco, no concerto sideral, e nada de singular existe nela que lhe outorgue, com exclusividade, o privilégio da vida. Em contraposição aos assertos dos negadores, podeis notar, cientificamente, que é mesmo, em vosso plano, o local do Universo onde a vida encontra mais dificuldades para se estabelecer. ....Há mundos incontáveis e muitos deles formados de fluidos rarefeitos, inatingidos, na atualidade, pelos vossos instrumentos de ótica.” (F.C.Xavier – Emmanuel - EMMANUEL - Cap. XVI, p. 86-88 - 7ed. FEESP)

MUNDOS HABITADOS







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MUNDOS HABITADOS

“São habitados todos os globos que se movem no espaço?
Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes”. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 55).

“A casa do Pai é o Universo, a Imensidade, o Infinito. As diversas moradas que nela há são todos os mundos, indistintamente, os quais constituem habitações apropriadas às diversas ordens de Espíritos, pois que a hierarquia ascensional dos mundos corresponde à dos Espíritos que os habitam. (J.B.ROUSTAING - Os 4 Evangelhos – Tomo 4 – pág. 420 – últimos §§)

“Amadurecida a compreensão na maioridade mental, percebe o homem a sua própria pequenez, à frente do infinito. Reconhece que a vida divina palpita soberana, desde os princípios magnéticos do mundo subatômico até as mais remotas constelações. Observa que o Planeta, grande e sublime pelas oportunidades de elevação que nos oferece, é simples grão de areia, quando comparado ao imenso universo. Cercado por sóis e mundos incontáveis, ergue-se, dentro de si mesmo, para indagar, quanto aos problemas da morte, do destino, da dor...” (F.C.Xavier - Emmanuel – ROTEIRO - Cap. 40,  p.167 - 7ed. – FEESP)

6.2 - DIVERSAS CATEGORIAS DE MUNDOS

“Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermediários, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais adiantados, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.
Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingirem a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongamento da sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal”. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 72-73).

6.2.1) Mundos Inferiores e Mundos Superiores

“A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva.
Tomando a Terra por termo de comparação, pode-se fazer idéia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções passam a vida na conquista de alimentos...

Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diversas das da vida na Terra. Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre com justiça...


Entretanto, os mundos felizes não são orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. Fá-los partir todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos são acessíveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre a eles conquistá-las pelo seu trabalho, alcançá-las mais depressa, ou permanecer inativos por séculos de séculos no lodaçal da Humanidade (Resumo do ensino dos Espíritos Superiores).” (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 79-81).

domingo, 29 de março de 2015

Universo

       








EVOLUCAO – A DIMENSAO FISICA e ESPIRITUAL



“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar” — Jesus (João, 14:1-2).

O Uni­verso é a unidade que abarca tudo o que existe. Essa unidade pode ser considerada sob três aspectos: estático, dinâmico e mecânico.
         O aspecto estático mostra-nos o universo em sua estrutura e forma; o aspecto dinâmico, em seu movimento e vir-a-ser; o aspecto mecânico, em seu princípio e em sua lei. Mas esses são somente aspectos, pontos de vista diferentes do mesmo fenômeno. Coexistem sempre, em toda parte, e os encontramos conexos.
         Do exame desses três aspectos surge a idéia gigantesca que domina todo o universo. Quer o observemos como organismo, como vir-a-ser, ou como lei, chegaremos ao mesmo conceito por três estradas diferentes, que se somam e reforçam a conclusão. Ascen­demos, assim, ao Princípio Único, à idéia central que go­verna o universo. Esse princípio, essa idéia, é ordem. (Pietro Ubaldi – A GRANDE SÍNTESE – Cap. VII – Aspecto Estático, Dinâmico e Mecânico do Universo –Pág. 34/35 – 16 Ed)

Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias às organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É ai, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito [...] (André Luiz - espírito – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Cap. I – Item Impérios Estelares – Pág. 20 – 8 Ed – FEB)

Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagrados a evolução do espírito, até que, pela sobre pressão sistemática, sofram colapso atômico pelo qual se transmudam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa. (André Luiz - espírito – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Cap. I – Forcas Atômicas – Pág. 22 – 8 Ed – FEB)

Eis por que o nosso é um universo em evolução e o motivo por que a lei de ascensão é a lei fundamental de nossa exis­tência. Não basta, contudo, ter verificado o fato.... Precisamos compreender por que este fato existe nessa forma. (Pietro Ubaldi – DEUS E UNIVERSO – Cap. VIII – Solução Última do Problema do Ser – Pág. 87 – 2 Ed)

O universo, desde o plano físico ao espiritual, é um sistema orgânico, dirigido por um princípio de ordem que sempre melhor realizamos, quanto mais evoluímos. (Pietro Ubaldi – CRISTO – Cap. XVIII – Ofendido e Ofensor – Seus Destinos – Pág. 227 – 2 Ed)

Em análogo alicerce, as inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a Humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores abismais e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo principio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macroscópicas... (André Luiz - espírito – EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Cap. I – Item - Co-criação em plano menor – Pág. 23 – 8 Ed – FEB)

“Os mundos, considerados do ponto de vista do estado que lhes é próprio e do progresso planetário, estão sempre em relação com o estado e o progresso dos Espíritos que os habitam. São materiais ou espirituais, classificando-se de materiais os que servem de habitação aos Espíritos que encarnam na matéria. Quanto aos outros, não os há que sejam especialmente espirituais. Todos o são, desde que não mais os habitem Espíritos encarnados na matéria, isto é, Espíritos que revistam corpos materiais. No que respeita aos mundos, sejam de ordem material, sejam de ordem espiritual, tantos são as suas gradações, dos pontos de vista da sua sucessão na categoria dos mundos, da sua progressividade e da sua utilidade como mundos intermediários, que não se lhes pode formar a escala, quer se trate de ir dos mundos materiais aos que se acham no estado fluídico, quer se trate de ir destes, que são os em que cessou a materialidade, aos que atingiram o estado de pura fluidez.” (J.B.Roustaing - OS 4 EVANGELHOS – Tomo 2 – pág. 476 – 2º/3º §§)


sábado, 28 de março de 2015

Este dia

Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.
Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.
Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.
Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.
Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.
Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.
Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir nova-mente.
Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de atendê-las.
Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.
Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.

sexta-feira, 27 de março de 2015

NOSSO COMPORTAMENTO DIANTE DO DESENCARNE












 NOSSO COMPORTAMENTO DIANTE DO DESENCARNE

c.5.1) A Melhora da Morte

O transe era, sem dúvida, melindroso.
A esposa do médium, ao pé dele, não obstante prolongadas vigílias e sacrifícios estafantes, que a expressão fisionômica denunciava, mantinha-se firme a seu lado, olhos vermelhos de chorar, emitindo forças de retenção amorosa que prendiam o moribundo em vasto emaranhado de fios cinzentos, dando-nos a impressão de peixe encarcerado em rede caprichosa.
Jerônimo apontou-a, bondoso, e explicou:
— Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos temporária melhora para o agonizante, a fim de sossegar-lhe a mente aflita. Sômente depois de semelhante medida conseguiremos retirá-lo, sem maior impedimento. As correntes de força, exteriorizadas por ela, infundem vida aparente aos centros de energia vital, já em adiantado processo de desintegração. (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XIII – Pág. 204 – FEB)

— Precisamos fornecer-lhe melhoras fictícias — asseverou o dirigente de nossas atividades, tranquilizando-lhe os parentes aflitos. A câmara está repleta de substâncias mentais torturantes. O Assistente principiou, então, a exercer intensivamente sua influência. (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XIII – Pág. 205 – FEB)


c.5.2) Como deve ser o comportamento da família perante o desencarne?

“E vós que vos acercais dos sepulcros para lançar sobre os vossos mortos esse perfume da alma que vos corre dos olhos, oh! não choreis mais. Olhais e vereis diante de vós um anjo luminoso, guardando a entrada da tumba. Escutai-o atentamente e ouvireis uma voz amiga que vos diz: “não choreis; aquele a quem buscais não está aqui; caminha à vossa frente; cedo ireis a ele juntar-vos e ele próprio se mostrará aos vossos olhares”. Oh! credes, crede e esperai, vós todos a quem a dor acabrunha, vós que perdeis o que vos são caros. Crede e caminhai para diante com confiança, que bem depressa os vereis.”(J.B.ROUSTAING – OS QUATRO EVANGELHO - Tomo 3 - pág. 490)

“Cada tempo da criatura na Terra se caracteriza por determinada grandeza, que não será lícito falsear. ...Não julgues que ames a alguém sem que lhe compreendas as necessidades de cada período da existência. A isso nos repostamos a fim de que ajudes positivamente aos seres queridos que te precederam na grande romagem da desencarnação. Sem dúvida, agradecem eles o carinho com que lhes conservas o retrato da forma física ultrapassada; contudo, ser-te-ão muito mais reconhecidos sempre que lhes reconstituas a presença através algum ato de bondade a favor de alguém, cuja memória agradecida lhes recorde o semblante em momentos de alegria e de amor, que nem sempre no mundo puderam cultivar. Decerto, sensibilizam-se ante a flor que lhes ofertas às cinzas, mas se regozijam muito mais com o socorro que faças a quem sofre, doado em nome deles, pelo qual se sentem mais atuantes e mais vivos, junto daqueles que ficaram... Quando mentalizes os supostos desaparecidos na voragem da morte, pensa neles do ponto de vista da imortalidade e do progresso. ...Reverencie aqueles que partiram na direção da Vida Maior, mas converte saudade e pesar em esperança e serviço ao próximo, trabalhando com eles e por eles, em termos de confiança e reconforto, bondade e união, porquanto eles todos, acima de tudo, são companheiros renovados e ativos, aos quais fatalmente, um dia, te reunirás.”(FCXAVIER - Encontro Marcado – Emmanuel – Cap. 24, Pág. 82-83 - 6 ed. – FEESP)

“Essa compreensão de que a morte não é o fim, mas um episódio inevitável, de transição, não impede o espírita de verter lágrimas ante o corpo inerte do ser amado. Emmanuel, na mensagem “Ante os que partiram”, pondera: “Nenhum sofrimento, na Terra, será comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio”. A compreensão espírita apenas não o deixa eternizar o sofrimento, pois sabe que a separação é temporária, e que, além disso, a vida física não é a principal para as almas, malgrado sua importância, mas simples etapa destinada a favorecer-lhes o resgate de erros, o aprendizado indispensável à conquista da perfeição”. (Martins Peralva, O Pensamento de Emmanuel, Cap. 04).


B.   DURANTE O DESENCARNE


d.1) Como se dá a Desencarnação

“(...) a alma se desprende gradualmente, não se escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois estados se tocam e confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Esses laços se desatam, não se quebram.

Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa a vida orgânica.
A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem possibilidade de volver a vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela, ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se tem podido observar por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade, persiste entre a alma e o corpo, em certos indivíduos é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição.
Esse caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas”. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Perg. n° 155).


d.2) A debilidade do corpo físico, durante o desencarne, facilita a percepção da realidade extra-física ?

— É Dimas! — exclamou, indicando o enfermo — assíduo colaborador dos nossos serviços de assistência, faz muitos anos. Veio de nossa colônia espiritual, há pouco mais de meio século, consagrando-se a tarefa obscura para melhor atender aos divinos desígnios. Desenvolveu faculdades mediúnicas apreciáveis, colocando-se a serviço dos necessitados e sofredores....
....O enfraquecimento físico atingira o ápice e Dimas conseguia deixar o aparelho corporal, de certo modo, com extraordinária facilidade.
Vendo-nos, perto do leito, pôs-se em ardente rogativa, pedindo-nos colaboração. Estava exausto, dizia; no entanto, mantinha-se calmo e confiado.
Aconselhado por Jerônimo, acerquei-me do enfermo, aplicando-lhe passes magnéticos de alívio sobre o tecido conjuntivo vascular. O abdômen conservava-se pesado e enorme. Revelaram-se, porém, sensações imediatas de reconforto.
Seguindo-se ao meu auxílio humilde, Jerônimo dirigiu-lhe palavras de encorajamento e prometeu voltar, mais tarde. Dimas, enlevado, endereçava ao Céu comovedor agradecimento. (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XI - pág. 175 – FEB)

Notei, todavia, que Cavalcante era absolutamente alheio à nossa influenciação. Nada percebia de nossa presença ali, verificando que ele, apesar das elevadas qualidades morais que lhe exornavam o caráter, não possuía bastante educação religiosa para o intercâmbio desejável.
Dos quadros que havíamos observado naquele dia, esse era, sem dúvida, o mais triste. Além das vibrações do ambiente perturbado, o operando não oferecia fácil ensejo à nossa atuação.

— Tenho tido dificuldade para mantê-lo tranqüilo — dizia Bonifácio, inclinando-se para o Assistente — em vista dos parentes desencarnados que o assediam de modo incessante. Não obstante os trabalhos de vigilância que garantem o estabelecimento, muitos deles conseguem acesso e incomodam-no. O pobrezinho não se preparou, convenientemente, para libertar-se do jugo da carne e sofre muito pelos exageros da sensibilidade. E muito embora o abandono a que foi votado, tem o pensamento afetuoso em excessiva ligação com aqueles que ama. Semelhante situação dificulta-nos sobremaneira os esforços. (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XI - pág. 183/184 – FEB)

quarta-feira, 25 de março de 2015

RESILIÊNCIA








Reconhece você que a sua resistência precisa aumentar; por isso mesmo não despreze o esforço no bem algum tanto a mais além do nível.
Se o trabalho parece estafante, suporte mais um pouco as dificuldades em que se lhe envolvem os encargos.
Onde lhe pareça já haver exercitado o máximo de humildade, apague-se um tanto mais em favor de outrem para que o seu grupo alcance a segurança ideal.
Demonstre um pouco mais de paciência nos momentos de inquietação e evitará desgostos incalculáveis.
Abstenha-se algo mais de reclamações mesmo justas, no que se reporta aos seus interesses pessoais, e observará quanta simpatia virá depois ao seu encontro.
Mostre um pouco mais de serenidade nos instantes de crise e você se transformará no apoio providencial de muita gente.
Confie algo mais na proteção da Bondade Divina e conseguirá superar obstáculos que se lhe figuravam intransponíveis.
Nos dias de enfermidade aguente um tanto mais as dificuldades do tratamento e você apressará as suas próprias melhoras de maneira imprevisível.
Tolere um tanto mais as intrigas que, porventura, lhe assediem o campo de ação, sem lhes oferecer qualquer importância e defenderá a sua própria felicidade, com inesperado brilhantismo.
Você vive no mundo em meio de provas e lutas, desafios e necessidades, ao modo de aluno entre as lições de que precisa na escola, em favor do próprio aproveitamento; aprenda a suportar os convites ao bem dos outros e você ganhará os melhores valores da resistência.

Podemos nos preparar para a Morte?

                                       





    Podemos no preparar para a morte ?

“...Cumpramos os nossos deveres, compreendendo que a nossa responsabilidade tem o tamanho do nosso conhecimento. Cumpramos as nossas obrigações, e a morte será sempre uma passagem para uma vida melhor, mas se adquirirmos complexos de culpa, nós estamos criando cadeias, que nos aprisionam a processos de vida inferior, e vamos emitir de nós mesmos, irradiações  perturbadoras, suscetíveis de criar muita luta, muito conflito, naqueles de quem nos aproximamos, porque criamos estes conflitos em nós mesmos.” FCXAVIER - DOS HIPPIES AOS PROBLEMAS DO MUNDO - Emmanuel – Cap. 18 pág. 78)

“Meditai sobre a visita das mulheres ao sepulcro; sobre as aparições que lhes fizeram os anjos ou Espíritos superiores; sobre as palavras que lhes dirigiram, antes que tivessem entrado e depois que entraram no sepulcro; sobre a reaparição dos anjos a Maria Madalena, quando esta se deixou ficar do lado de fora do sepulcro; sobre a aparição de Jesus a ela e depois a ela e às outras mulheres e sobre o que lhes disse; meditai sobre tudo isso vós todos que vedes aproximar-se o momento, para vós ainda tão cruel, da morte e suave se vos tornará a idéia de restituir à terra o corpo que ao seu seio tem que voltar;e reconhecereis que o túmulo se vos abre para dar passagem ao vosso Espírito, que se elevará radioso para o “céu” – sua verdadeira pátria, para essa imensidade que vos cerca e na qual encontrareis a atividade, a vida, o amor sem fim. (J.B.Roustaing – OS QUATRO EVANGELHOS – Tomo 3 –pág.490)


c.3) Há uma data prevista para o desencarne ? Essa data pode ser antecipada ou retardada ?

[...] O livre-arbítrio do Espírito o coloca em condições de marcar, antes da encarnação, a duração aproximada do corpo que lhe servirá de envoltório, tomando ele o encargo de cumprir as obrigações necessárias a faze-lo durar até ao termo de suas provas. Uma vez encarnado, como ignore quanto tempo durarão estas, deve empregar todos os esforços para se pôr em estado de leva-las a cabo. ... O corpo, então, sob a vigilância e a direção dos Espíritos prepostos à tarefa de velar pelo cumprimento das provas, se forma em condições de durar o tempo predeterminado, cabendo ao Espírito encarnado cumprir todas as obrigações de que dependa a duração dele até ao fim das provas a que serve de instrumento”. (J.B.ROUSTAING – OS QUATRO EVANGELHOS - Tomo 4 - pág. 542)

“Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra. (FCXAVIER - O Consolador - Emmanuel – pág. 91-92)

Dispunha-se o Assistente a conversar conosco, evidenciando as formosas qualidades da enferma. quando alguém de nosso plano assomou à porta de entrada. Era dedicada amiga que vinha velar à cabeceira. Cumprimentou-nos, bondosa, com encantadora simplicidade. Jerônimo explicou-lhe nossa missão. A interlocutora sorriu e considerou:
— Reconforta-nos a proteção de que nossa irmã é objeto. No entanto, creio que há forte pedido de prorrogação em favor dela. Todos somos de parecer que deva ser chamada à nossa esfera com urgência, para receber o prêmio a que fez jus. Todavia, há razões ponderosas para que seja amparada convenientemente, a fim de que permaneça com a família consanguínea, na Crosta, por mais alguns meses.
— Teremos prazer em todo serviço fraterno — acentuou Jerônimo, com afabilidade. Passaremos por aqui diariamente, até que a tarefa termine. Do que houver de novo, seremos informados.
A simpática visitante de Albina agradeceu e partimos.(André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XI – Pág. 181 – FEB)


c.4) Existe uma equipe espiritual para assistir em todos os desencarnes ?

— Naturalmente — explicou — seremos forçados a diversas atividades de assistência aos amigos prestes a se desfazerem dos elos corporais do plano grosseiro e a fundação de Fabiano será o nosso ponto principal de referência no trabalho. Nos Instantes de sono, conduzi-los-emos até lá, para que se habituem lentamente com a idéia de afastamento definitivo. Intrigado, ao verificar tanta cautela, perguntei:
— Meu caro Assistente, todas as mortes se fazem acompanhar de missões auxiliadoras? cada criatura que parte da Crosta precisa de núcleos de amparo direto?
O amigo sorriu com indulgência, na superioridade legitima dos que ensinam sabiamente, e esclareceu:
— Absolutamente. Reencarnações e desencarnações, de modo geral, obedecem simplesmente à lei. Há princípios biogenéticos orientando o mundo das formas vivas ao ensejo do renascimento físico, e princípios transformadores que presidem aos fenômenos da morte, em obediência aos ciclos da energia vital, em todos os setores de manifestação. Nos múltiplos círculos evolutivos, há trabalhadores para a generalidade, segundo sábios desígnios do Eterno; entretanto, assim como existem cooperadores que se esforçam mais intensamente nas edificações do progresso humano, há missões de ordem particular para atender-lhes as necessidades.
Sentindo-me a estranheza, Jerônimo prosseguiu:
- Não se trata de prerrogativa injustificável, nem de compensações de favor, O fato revela ordenação de serviços e aproveitamento de valores. Se determinado colaborador demonstra qualidades valiosas no curso da obra, merecerá, sem dúvida, a consideração daqueles que a superintendem, examinando-se a extensão do trabalho futuro. No plano espiritual, portanto, muito grande é o carinho que se ministra ao servidor fiel, de modo a preservar-lhe o devotado Espírito da ação maléfica dos elementos destruidores, com o desânimo e a carência de recursos estimulantes, permitindo-se, simultâneamente, que ele possa ir analisando a magnitude de nosso ministério na verdade e no bem, em face do Universo Infinito. (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Cap. XI - pág. 172 - FEB)




terça-feira, 24 de março de 2015

Tipos de Desencarno












TIPOS DE DESENCARNE

“O estado da alma varia consideravelmente segundo o gênero de morte, mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos que teve durante a vida. Na morte natural, o desligamento se opera gradualmente e sem abalo; freqüentemente, ele começa mesmo antes que a vida se extinga. Na morte violenta por suplício, suicídio ou acidente, os laços se rompem bruscamente; o Espírito, surpreendido pelo imprevisto, fica como atordoado pela mudança que nele se opera e não compreende sua situação”. (O Livro dos Espíritos, nº. 165 - Revista Espírita, 1858, pág. 166)


b.2.1) Desencarne Natural (Velhice) Doença

68 - Qual a causa da morte dos seres orgânicos?

“Esgotamento dos órgãos”.

a) Poder-se-ia comparar a morte à cessação do movimento de uma máquina desorganizada?

“Sim, se a máquina está mal montada, cessa o movimento, se o corpo está enfermo a vida se extingue”. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Perg. n° 68).

“— entretanto, essas surpresas tristes não se verificam para as almas, no caso das enfermidades dolorosas e prolongadas, em que o coração e o raciocínio se tocam das luzes das meditações sadias, observando as ilusões e os prejuízos do excessivo apego à Terra, sendo justo considerarmos a utilidade e a necessidade das dores físicas, nesse particular, porquanto com o seu concurso precioso pode o homem alijar o fardo de suas impressões nocivas do mundo, para penetrar tranqüilamente os umbrais da vida do infinito”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 152).

b.2.2) Acidente

“A desencarnação por acidentes, os casos fulminantes de desprendimento proporcionam sensações muito dolorosas à alma desencarnada, em vista da situação de surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis. Quase sempre, em tais circunstâncias, a criatura não se encontra devidamente preparada e o imprevisto da situação lhe traz emoções amargas e terríveis”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 152).

b.2.3) Suicídio

“A primeira decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 154).

b.2.4) Homicídio e Aborto

“Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 146).

“As mortes repentinas, as desencarnações improvisadas, quase sempre são provações e, às vezes, ocorrências inevitáveis no mapa de trabalho trazido pelo espírito, ao reencarnar”. (Emmanuel, Entrevistas, Item 11).

“Após a fecundação do óvulo pelo espermatozóide o Espírito reencarnante é ligado ao embrião, constituindo um ser humano que habitará o ventre materno por nove meses, protegido em sua fragilidade até que possa enfrentar o mundo exterior. O aborto situa-se, assim, como uma desencarnação”. (Richard Simonetti, Quem Tem Medo da Morte?, Itens: Aborto e Consciência do Erro).


b.2.5) Eutanásia

O termo eutanásia, cujo significado é “morte feliz”, foi criado pelo filósofo Francis Bacon. Ele argumentava que o médico tem a responsabilidade de aliviar doenças e dores, não somente com a cura do mal, mas também proporcionando ao doente uma morte calma e fácil, se o problema for irreversível.

As religiões em geral manifestam-se contrárias à eutanásia, partindo de dois princípios fundamentais:

PRIMEIRO: Compete a Deus, Senhor de nossos destinos, promover nosso retorno à Espiritualidade. Na Tábua dos Dez Mandamentos Divinos, recebida por Moisés no Monte Sinai, onde estão os fundamentos da justiça humana, há a recomendação inequívoca: “Não matarás”.
SEGUNDO: Ninguém pode afirmar com absoluta segurança que um paciente está irremediavelmente condenado. A literatura médica é pródiga em exemplos de pacientes em estado desesperador que se recuperam.

O Espiritismo ratifica tais considerações e nos permite ir além, demonstrando que a eutanásia não só interrompe a depuração do Espírito encarnado pela enfermidade, como lhe impõe sérias dificuldades no retorno ao Plano Espiritual.


B.   ANTES DO DESENCARNE


        c.1) Deveríamos ter medo da Morte?

No que se refere aos receios, somos obrigados a reconhecer, muitas vezes, as razões aduzidas pelo amor, sempre sublimes na sua manifestação espiritual. Todavia, não é justo que o crente sincero se encha de pavores ante a idéia de sua passagem para o plano invisível aos olhos humanos, sendo oportuno o conselho de uma preparação permanente do homem para a vida nova que a morte lhe apresentará.” (FCXAVIER - O Consolador - Emmanuel – pág. 97)
        
“Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores. Para todos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da vida maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo a caminho do alvorecer.” (FCXAVIER - Justiça Divina - Emmanuel – pág.147)


Quem disse!

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segunda-feira, 23 de março de 2015

Morte








                               Morte na história 

“O estudo da situação espiritual da criatura humana, após a morte do corpo, não pode ser relegado a plano secundário. Todas as civilizações que antecederam a glória ocidental nos tempos modernos consagraram especial atenção aos problemas de além-túmulo”.
“O Egito mantinha incessante intercâmbio com os trespassados e ensinava que os mortos sofriam rigoroso julgamento entre Anúbis, o gênio com cabeça de chacal, e Hórus, o gênio com cabeça de gavião, diante de Maât, a deusa da justiça, decidindo se as almas deveriam ascender ao esplendor solar ou se deveriam voltar aos Labirintos da provação, na própria Terra, em corpos deformados e vis; (Ver: Pistis Sophia e Reencarnação) os hindus admitiam que os desencarnados, conforme as resoluções do Juiz dos Mortos, subiriam ao Paraíso ou desceriam aos precipícios do reino de Varuna, o gênio das águas, para serem insulados em câmaras de tortura, amarrados uns aos outros por serpentes infernais; hebreus, gregos, gauleses e romanos sustentavam crenças mais ou menos semelhantes, convictos de que a elevação celeste se reservava aos Espíritos retos e bons, puros e nobres, guardando-se os tormentos do inferno para quantos se rebaixavam na perversidade e no crime, nas regiões de suplício, fora do mundo ou no próprio mundo, através da reencarnação em formas envilecidas pela expiação e pelo sofrimento”. (André Luiz – ACAO E REACAO – Cap. 1 – Luz nas sombras – Pág, 13)


B.   CONCEITOS


b.1. CONCEITO DE DESENCARNAÇÃO

Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se transferisse de uma cidade para outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades ou as virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores.” (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 147).

“...a morte não significa interrupção da vida. A Morte é a interrupção do fenômeno biológico, já que a vida é uma jornada incessante, ininterrupta, seja no invólucro material como fora dele”.


“Quando no homem ou nos irracionais, um gesto se opera, a Natureza determina o desaparecimento de certa percentagem de substância da economia vital; quando a sensibilidade se exterioriza e os pensamentos se manifestam, eis que os nervos se consomem, gastando-se o cérebro em suas atividades funcionais.... Não dispondes, dentro da exigüidade dos vossos sentidos, senão de elementos constatadores da perda de energia, da luta vital, dos conflitos que se estabelecem para que os seres se mantenham no seu próprio “habitat”.(FCXAVIER – Emmanuel - EMMANUEL – pág. 129)

domingo, 22 de março de 2015

Desencarne

   










          O DESENCARNE

“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que guardar a minha palavra, jamais morrerá”. Jesus (João, 8:51).

A. ORIGEM DA NECESSIDADE DA MORTE

“A queda (Involução) do ser não significa somente desmo­ronamento de dimensões, mas igualmente o de todas as suas quali­dades, na posição inversão. E, pois, natural que a primeira delas: a liberdade se transforme em escravidão. Agora verificamos preci­samente isto: a característica da matéria, situada na dimensão infe­rior, volume, em que o espírito se despenha (forma espacial), é jus­tamente o determinismo; e a característica do espírito situado na dimensão superior, consciência, é exatamente a liberdade. Esta condição de determinismo na matéria representa, pois, a posição dos espíritos decaídos. Estes são, assim, precipitados de sua natural liberdade na prisão da forma, na condenação de não poder vi­ver senão em um corpo. Evolver, espiritualizando-se, significa in­verter a posição, isto é, aprender a viver sem ele, a dele desprender-se sem mais considerá-lo como a própria vida, mas apenas como uma negação desta. Se se atentar para como esta é concebida em nosso mundo e que apego se tem neste pelo corpo e seus bens, compreender-se-á então quão longe ainda estamos de libertar-nos do mal e da dor. Para um espírito elevado, sujeitar-se a uma vida física humana representa a maior pena, mas mesmo assim grandes espíritos a aceitaram para ajudar-nos a subir e redimir-nos. Ser condenado a viver a vida eterna fragmentada em uma infinidade de pequenos ciclos, com a morte ao fim de cada um, é realmente a dor merecida ....” (Pietro Ubaldi – DEUS E UNIVERSO – Cap. VI – Desmoronamento e Reconstrução do Universo – Pág. 66 – 2 Ed)

“A vida corporal é bem a expressão da morte, através da qual efetuais as vossas observações e os vossos estudos”. (FCXAVIER – EMMANUEL - Emmanuel – pág. 129)

Por milênios consecutivos o homem ensaia a desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência, após a decomposição do corpo somático. Recordando as anteriores comparações com o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece novas formas e, assim como a larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em experiência enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo a própria conduta, e entregando-se em seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, a pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento que pode ser longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se nele, a medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana”.

É assim que a consciência nascente no homem pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação da alma, como praticou estas mesmas lições da vida no plano físico, pelo renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evolutindo, degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da inteligência”.(André Luiz – EVOLUCAO EM DOIS MUNDOS – Alma e Desencarnação – Cap. XII – Pag. 52 – FCX – FEB)
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