O DESENCARNE
“Em
verdade, em verdade vos digo: Aquele que guardar a minha palavra, jamais morrerá”.
Jesus (João, 8:51).
A. ORIGEM DA NECESSIDADE DA MORTE
“A
queda (Involução) do ser não significa somente desmoronamento de dimensões,
mas igualmente o de todas as suas qualidades, na posição inversão. E, pois,
natural que a primeira delas: a liberdade se transforme em escravidão. Agora
verificamos precisamente isto: a característica da matéria, situada na
dimensão inferior, volume, em que o espírito se despenha (forma espacial), é
justamente o determinismo; e a característica do espírito situado na dimensão
superior, consciência, é exatamente a liberdade. Esta condição de determinismo
na matéria representa, pois, a posição dos espíritos decaídos. Estes são,
assim, precipitados de sua natural liberdade na prisão da forma, na condenação
de não poder viver senão em um corpo. Evolver,
espiritualizando-se, significa inverter a posição, isto é, aprender a viver
sem ele, a dele desprender-se sem mais considerá-lo como a própria vida,
mas apenas como uma negação desta. Se se atentar para como esta é concebida em
nosso mundo e que apego se tem neste pelo corpo e seus bens, compreender-se-á
então quão longe ainda estamos de libertar-nos do mal e da dor. Para um
espírito elevado, sujeitar-se a uma vida física humana representa a maior pena,
mas mesmo assim grandes espíritos a aceitaram para ajudar-nos a subir e
redimir-nos. Ser condenado a viver a
vida eterna fragmentada em uma infinidade de pequenos ciclos, com a morte ao
fim de cada um, é realmente a dor merecida ....” (Pietro Ubaldi – DEUS E
UNIVERSO – Cap. VI – Desmoronamento e Reconstrução do Universo – Pág. 66 – 2
Ed)
“A
vida corporal é bem a expressão da morte, através da qual efetuais as vossas
observações e os vossos estudos”. (FCXAVIER – EMMANUEL - Emmanuel – pág. 129)
“Por milênios consecutivos o homem ensaia a
desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência,
após a decomposição do corpo somático. Recordando as anteriores comparações com
o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece novas formas e, assim como a
larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em
experiência enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo
a própria conduta, e entregando-se em
seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, a
pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento que pode ser
longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos
órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se
nele, a medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana”.
“É assim que a consciência nascente no homem
pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação
da alma, como praticou estas mesmas lições da vida no plano físico, pelo
renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evolutindo,
degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o
automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da
inteligência”.(André Luiz – EVOLUCAO EM DOIS MUNDOS – Alma e Desencarnação –
Cap. XII – Pag. 52 – FCX – FEB)
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