sexta-feira, 20 de março de 2015

Evolução

                                                                    





















                                                               CRIACAO DOS ESPÍRITOS

a.1. CRIACAO PRIMORDIAL

....Neste processo, Deus multiplicou-se, como que se dividindo num número infinito de seres e no entanto continuando uno. Nos três momentos, a unidade de Deus permanece intacta e idêntica. Em vista de, ao Todo, nada se poder acrescentar, a criação ocorreu e permaneceu no seio do Tudo-Uno-Deus. Em outras palavras, poderemos imaginar este processo criador, como uma íntima auto-elaboração, pela qual Deus se transformou, de seu estado homogêneo e indistinto, em outro seu estado diferenciado e orgânico. (O SISTEMA – Pietro Ubaldi – Cap II – Pág. 37 – 2 ed)
 “Essa era de puros espíritos perfeitos, bem diferentes em toda sua qualidade, daquela em que nos achamos atualmente situados...” (O SISTEMA – Pietro Ubaldi – Cap II – Pág. 38 – 2 ed)

“Pode dizer-se que o Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material” (LE questão 76)

“Como sabeis, o Espírito, quando reveste o corpo de carne, já tem feito a escolha de suas provações. Bem deveis, portanto, compreender que antes de começar uma nova existência terrena, ele está destinado à vida de família ou à esterilidade. Os arrastamentos da carne também são muitas vezes uma prova de que lhe cumpre ESFORÇAR-SE por sair vitorioso [...].” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 3 p.176)

a.2. VIVÊNCIA EVOLUTIVA ENCLAUSURADO NA MATÉRIA

“O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido ao redor de um foco de inteligência ou alma. Viu-se que o corpo carnal tem igualmente seu princípio neste mesmo fluido transformado e condensado em matéria tangível; no perispírito, a transformação molecular se opera diferente, porque o fluido conserva a sua imponderabilidade e as suas qualidades estéreas. O corpo perispiritual e o corpo carnal têm, pois, a sua fonte no mesmo elemento primitivo; um e outro,são da matéria, embora sob dois estados diferentes.” (A Gênese, cap. XIV, item 7)

78. -Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?
... Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério”. (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 78).

“[...] Na criação, tudo, tudo tem uma origem comum; tudo vem do infinitamente pequeno para o infinitamente grande, até Deus, ponto de partida e de reunião.
“Não esqueçais que tudo provém de Deus e para Deus volta; de Deus uno, criador incriado, pai de tudo e de todos; de Deus, grande motor de quanto existe, pilar inabalável sem o qual repousam as multidões de mundos disseminados no espaço como os átomos no ar.
“O fluido universal, que toca de perto a Deus e dele parte, constitui, pela sua quinta-essência e mediante as combinações, modificações e transformações de que é passível, o instrumento e o meio de que se serve a inteligência suprema para, pela onipotência da sua vontade, operar, no infinito e na eternidade, todas as criações espirituais, materiais e fluídicas destinadas à vida e à harmonia universais, para operar a criação de todos os mundos, de todos os seres em todos os reinos da natureza, de tudo que se move, vive, é.
561/562- [...] o criador incriado, é pessoa e distinto da criação, das criaturas, que são dele, por ele e nele e não ele, que são, pois, nesse sentido, uma parte do ser dividido ao infinito, para o efeito de elevar-se do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, na individualidade e na imortalidade.
“[...] o que assim vos foi explicado vos mostra o Espírito na origem de sua formação, como essência espiritual, saindo do todo universal, isto é, do conjunto dos fluidos espalhados no espaço e que são a fonte de tudo o que existe, quer no estado espiritual, quer no estado fluídico, quer no estado material; como essência espiritual formada da quintessência desses fluidos, pela vontade do Senhor onipotente. [...]” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p. 288-290 e Tomo 4 p. 561-562)

“O que Deus lhe faz dizer, pelos seus mensageiros, e o que, aliás, o homem poderia deduzir, ele mesmo, do princípio da soberana justiça, que é um dos atributos essenciais da Divindade, é que todos têm um mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com uma igual aptidão para progredir pela sua atividade individual; que todos atingirão o grau de perfeição compatível com a criatura pelos seus esforços pessoais; que todos, sendo filhos de um mesmo Pai, são objeto de uma igual solicitude; que não há nenhum mais favorecido ou melhor dotado que os outros, e dispensado do trabalho que seria imposto a outros pra alcançar o objetivo.” (A Gênese, cap.XI item 7)

b) JUSTIÇA DO PROCESSO

“E criou DEUS o homem a sua imagem, a imagem de DEUS o criou...” (GEN 1:27 - TORÁ – A lei de Moisés – Pág. 3 – Editora Sêfer)

115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.” (L.E questão 115)

“Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. E, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos”.(ESE - CAPÍTULO V - Justiça das aflições – Pag. 70 Item 3 – IDE)


b) EVOLUCAO GRADATIVA

 “À medida que o Espírito se distancia do ponto de partida, desenvolvem-se-lhe as idéias, como na criança, e, com as idéias, o livre-arbítrio, isto é, a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir este ou aquele caminho para seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do Espírito.
O objetivo final de todos os Espíritos consiste em alcançar a perfeição de que é suscetível a criatura. O resultado dessa perfeição está no gozo da suprema felicidade que lhe é conseqüente e a que chegam mais ou menos rapidamente, conforme o uso que fazem do livre-arbítrio.
“A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira; não é mais do que um instante na eternidade”. (Kardec, Obras Póstumas, 16. ed., p. 37).

“...Só quando o espírito atingiu a perfeição, e só então, lhe é dado modificar voluntariamente o seu perispírito, de acordo com as necessidades do momento, com as regiões que tenha de percorrer, com as missões que o senhor lhe confiar, conservando-se inalterável a essência purificada do mesmo perispírito. (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p.299)


c) PROGRIDEM DE FORMA IGUAL?

“São criados iguais, porém, não sabendo donde vêm, preciso é que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente em inteligência como em moralidade” (L.E questão 127)

“De posse do Livre-arbítrio, podendo escolher o caminho que prefiram seguir, os Espíritos são subordinados a outros, prepostos ao seu desenvolvimento. É então que a vontade os leva a enveredar por este caminho de preferência àquele”.
“A vontade, atuando então no exercício do Livre-arbítrio, traça uma direção boa ou má ao Espírito que, deste modo, pode falir ou seguir simplesmente e gradualmente o caminho que lhe é indicado para progredir. Muitos se transviaram: alguns resistem aos arrastamentos do orgulho e da inveja”.
“[...] aqueles que, dóceis seguem simplesmente e gradualmente o caminho que seus guias lhes indicam para progredirem atraem os Bons Espíritos, simpáticos às suas tendências boas, ao seus bons sentimentos e pendores.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p.297-298)


e) DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS

96. “São iguais os Espíritos, ou há entre eles qualquer hierarquia?”
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.” (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 96).

97. “São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem se multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.
Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão a terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal, e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.” (L.E questão 97)

“só deus é perfeito de toda a eternidade. só ele tem a perfeição absoluta: o amor universal infinito, a ciência universal infinita. só deus pode dizer: não irei mais longe, [...] o espírito criado jamais o pode igualar. ora, como tudo, no universo, na imensidade, no infinito tende sempre a progredir.
“a perfeição moral como a intelectual é relativa, um espírito pode ser moral e intelectualmente perfeito com relação a todos os mundos inferiores ao que ele habita, pode ser muito elevado relativamente a vós outros, na hierarquia espírita; perfeito, moral e intelectualmente, com relação ao vosso planeta, e não ter chegado ainda ao ponto culminante da perfeição, cumprindo-lhe, para atingi-lo, progredir muito em ciência universal. são esses os espíritos que indicais pela designação de espíritos superiores.
“o ponto culminante da perfeição é a perfeição sideral, isto é, a perfeição moral e intelectual. [...]
“também entre os puros espíritos, que, em pureza são todos iguais, por haverem chegado todos à perfeição moral, há hierarquia, conforme já o explicamos (1 vol. Pág. 326)), sob o ponto de vista da ciência universal. [...]” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 pág.326-327 e Tomo 2 pág.477)


d.1. ESCALA ESPÍRITA

d.1.1 - Terceira Ordem - Espíritos Imperfeitos
CARACTERES GERAIS — Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são conseqüentes.
Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.
Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo. [...]
Podem compor cinco classes principais.
Décima classe — ESPÍRITOS IMPUROS — São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o que conseguirem retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam. [...].
Nona classe — ESPÍRITOS LEVIANOS — São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes. Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os empregam, como fazemos com os nossos servidores. [...]
Oitava Classe — ESPÍRITOS PSEUDO-SÁBIOS — Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, crêem saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes. Mas, em geral, isso não passa de reflexo dos preconceitos e idéias sistemáticas que nutriam na vida terrena. É uma mistura de algumas verdades com os erros mais polpudos, através dos quais penetram a presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que ainda não puderam despir-se.
Sétima Classe — ESPÍRITOS NEUTROS — Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
Sexta Classe — ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES — Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc. Afiguram-se, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam, de ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência; quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam mão destes últimos como seus auxiliares.

d.1.2 - Segunda Ordem — Bons Espíritos
CARACTERES GERAIS — Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos. [...]
Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
Podem ser divididos em quatro grupos principais.
Quinta Classe — ESPÍRITOS BENÉVOLOS — A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.
Quarta Classe — ESPÍRITOS SÁBIOS — Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.
Terceira Classe — ESPÍRITOS DE SABEDORIA — As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.
Segunda Classe — ESPÍRITOS SUPERIORES — Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la. Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem.
Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.

d.1.3 - Primeira Ordem — Espíritos Puros
CARACTERES GERAIS — Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
Primeira Classe. Classe Única — Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui pra eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Podem os homens por-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens”. (Kardec, O Livro dos Espíritos, 33. ed., perg. 101-113).


e) O ESPÍRITO REGRIDE?

118. Podem os Espíritos degenerar?

“Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.” (L.E questão 118)”

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