O
TIPO ATUAL HUMANO
Em nossa época
atual, o tipo humano está deslocando
sua funcionalidade do campo muscular para o campo nervoso e psíquico.
(Pietro Ubaldi – AS NOÚRES – Cap. 1 – Premissas – Pág. 31 – 3 Ed.)
O grande conceito
que a ciência afirmou (embora de forma incompleta e com consequêcias erradas),
a evolução, não é uma quimera e estimula
vosso sistema nervoso para uma sensibilidade cada vez mais delicada, que
constitui o prelúdio dessa intuição. (Pietro Ubaldi – A GRANDE SÍNTESE – Cap. 2
– Intuição – Pág. 23 – 16 Ed.)
A evolução antropológica e psicológica do ser humano vem
trabalhando-lhe a forma e o psiquismo mui suavemente, com tão calculada
precisão que o homem contemporâneo em comparação com os seus avoengos de priscas
eras, apresenta-se portador de grande beleza, harmonia e sensibilidade, que em
quase nada faz-lhe recordar a
apresentação da época em que ensaiava os primeiros passos no período
primitivo...
A perfeita utilização dos sentidos sensoriais sob a
direção da consciência, a pouco e pouco amplia-lhe
a capacidade de autopenetração e busca de percepções mais elevadas e sensíveis,
que o levem a identificação de faculdades paranormais adormecidas, cujos os
pródromos se expressam como episódios esparsos que lhe chamam a atenção,
convocando-o a exame mais apurado em torno de potencialidades ainda não
exploradas. [...] Não mais o indivíduo apenas matéria, nem o binômio Espírito e
matéria, mas o ser tridimensional que se
expressa como Espírito, perispírito e matéria. (D.P.Franco – Espírito
Joanna de Angelis – DIAS GLORIOSOS - Cap. 19 – Paranormalidade Humana – Pág.
163-164 – 2 ed. LEAL)
9.4 -
SINTONIA CONTÍNUA
Na sua feição de
aparelhagem eletromagnética, de extrema e delicada complexidade, o ser humano
apresenta a singularidade de não poder jamais desligar-se ou ser desligado.
Mesmo nas piores condições de monoideísmo, ou despido da roupagem
perispirítica, após os dolorosos eventos da segunda morte da forma, e até nas
mais ingratas condições de letargia mental, o espírito humano continua ativo e
sintonizado com as noures a que se afina.
Sendo o pensamento
contínuo uma conquista definitiva da alma, não pode esta, ainda que o queira,
desligar-se do circuito através do qual se ajusta às forças vivas e conscientes
do Universo. Entretanto, cada qual emitirá e receberá sensações na faixa de
freqüência que lhe é própria, e da mesma qualidade que lhe marca o teor dos
interesses.
Embora ondas de
todos os comprimentos cruzem constantemente o ar que respiramos, nenhum
aparelho receptor de freqüência modulada consegue captar as emissões de ondas
curtas para as quais não foi programado. Contudo, uma vez que esteja
funcionando, captará compulsoriamente os sons da freqüência com que estiver
sintonizado.
Em razão disso, cada
um de nós conviverá sempre, em toda parte e a todo tempo, com aqueles com quem
se afina, efetuando permanentemente, com os seus semelhantes, as trocas
energéticas que, em face da lei, asseguram a manutenção de todas as vidas. (H.T.SANT’ANNA – Espírito Áureo - UNIVERSO E
VIDA – Cap. 14 - Problemas de Sintonia – Pág. 90 – 4 Ed. – FEB)
9.5 -
SINTONIZACAO
Faltavam
apenas dois minutos para as vinte horas, quando o dirigente espiritual mais
responsável deu entrada no pequeno recinto.
Nosso
orientador articulou a apresentação.
O
Irmão Clementino abraçou-nos, acolhedor.
[...]
Clementino avançou em direção de Raul Silva, perto de quem se postou em muda
reflexão.
Logo após, Aulus convidou-me ao
psicoscópio e, graduando-o sob nova modalidade, recomendou-nos acurado exame.
Foquei os companheiros encarnados em
concentração mental, identificando-os sob aspecto diferente.
Dessa vez, os veículos físicos apareciam
quais se fossem correntes electromagnéticas em elevada tensão.
[...]
Assinalando-nos a curiosidade, o Assistente explicou:
—
Em qualquer estudo mediúnico, não podemos esquecer que a individualidade
espiritual, na carne, mora na cidadela atômica do corpo, formado por recursos
tomados de empréstimo ao ambiente do mundo. Sangue, encéfalo, nervos, ossos,
pele e músculos representam materiais que se aglutinam entre si para a
manifestação transitória da alma, na Terra, constituindo-lhe vestimenta
temporária, segundo as condições em que a mente se acha.
Nesse
instante, o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a
assembléia, mostrando-se-nos mais humanizado, quase obscuro.
—
O benfeitor espiritual que ora nos
dirige —acentuou o nosso instrutor — afigura-se-nos mais pesado porque
amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo à
posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do trabalho
começante. Influencia agora a vida cerebral do condutor da casa, à maneira
dum musicista emérito manobrando, respeitoso, um violino de alto valor, do qual
conhece a firmeza e a harmonia.
Notamos
que a cabeça venerável de Clementino passou a emitir raios fulgurantes, ao
mesmo tempo que o cérebro de Silva, sob os dedos do benfeitor, se nimbava de
luminosidade intensa, embora diversa.
O
mentor desencarnado levantou a voz comovente, suplicando a Bênção Divina com
expressões que nos eram familiares, expressões essas que Silva transmitiu
igualmente em alta voz, imprimindo-lhes diminutas variações.
[...]
Acompanhando-me a análise, o Assistente explicou:
— O jacto de forças mentais do irmão
Clementino atuou sobre a organização psíquica de Silva, como a corrente
dirigida para a lâmpada elétrica. Apoiando-se no plexo solar, elevou-se ao
sistema neuro-cerebrino, como a energia elétrica da usina emissora que,
atingindo a lâmpada, se espalha no filamento incandescente, produzindo o
fenômeno da luz.
— E o problema da voltagem? — indaguei,
curioso.
— Não foi esquecido. Clementino graduou o
pensamento e a expressão, de acordo com a capacidade do nosso Raul e do
ambiente que o cerca, ajustando-se-lhes às possibilidades, tanto quanto o
técnico de eletricidade controla a projeção de energia, segundo a rede dos
elementos receptivos.
E sorrindo:
—
Cada vaso recebe de conformidade com a estrutura que lhe é própria.
[...]
O solilóquio, porém, não devia alongar-se.
Nosso
orientador, atento aos objetivos de nossa permanência na casa, chamou-me a
novas observações:
—
Repararam na comunhão entre Clementino e Silva, no momento da prece?
E,
ante a nossa expectação de aprendizes, continuou:
— Vimos aqui o fenômeno da perfeita
assimilação de correntes mentais que preside habitualmente a quase todos os
fatos mediúnicos. Para clareza de raciocínio, comparemos a organização de
Silva, nosso companheiro encarnado, a um aparelho receptor, quais os que
conhecemos na Terra, nos domínios da radiofonia. A emissão mental de
Clementino, condensando-lhe o pensamento e a vontade, envolve Raul Silva em
profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros,
que são miríades de antenas...(F.C.Xavier – Espírito André Luiz – NOS DOMÍNIOS
DA MEDIUNIDADE – Cap. 5 - Assimilação das correntes mentais – Pág. 45 – 13 ed.
– FEB)
Já
falei, porém, sobre sintonização. É evidente, pois, que o centro receptor, para
poder entrar em ressonância deve saber elevar-se até atingir um estado de
afinidade qualitativa com o centro transmissor, que tanto pode ser uma noúre,
como a alma do fenômeno em sua própria expressão. (Pietro Ubaldi – AS NOÚRES –
Cap. 2 – O Fenômeno – Pág. 75 – 3 Ed.)
O
fenômeno apresenta, portanto, duas faces e resulta justamente de sua conjunção:
o lado humano, em que se encontra minha preparação cultural, as qualidades de
meu temperamento, o meu grau de evolução e a minha capacidade de transferência
a um superior plano de consciência; no outro extremo, está o lado super-humano,
que desce, se adapta a mim e ao mesmo tempo me adapta a si, guiando-me e
atraindo-me para o alto. Existem, pois, não somente dois centros: um, radiante,
transmissor, e um registrador, receptor; existem também duas atividades,
porquanto ambos os centros, laboriosamente, se acham estendidos, um para o
outro, a fim de atingir a unificação. Porque a identificação é a fase da comunhão
perfeita. Só através da tensão deste trabalho de recíproca aproximação pode
estabelecer-se a comunicação; (Pietro Ubaldi – AS NOÚRES – Cap. 2 – O Fenômeno
– Pág. 81 – 3 Ed.)
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