quarta-feira, 11 de março de 2015

Jesus Cristo

O CRISTO JESUS

1- A bondade DIVINA.
“Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do CRISTO”. (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107, ed., p. 60).

"Não tenho falado por mim mesmo; meu Pai, que me enviou, foi quem prescreveu, por mandamento seu, o que devo dizer e como devo falar e sei que o seu mandamento é a vida eterna; o que, pois, eu digo é segundo o que meu Pai me ordenou que eu diga". (São João - 12:49 e 50)

"Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou". (São João - 06:38)

2 - JESUS é DEUS?

 “Foi enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto ao rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito”. (Emmanuel, O Consolador,).

“Foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.” (Emmanuel, Emmanuel, cap. 2, p.24).

 “Diferença entre Deus e Jesus: Jesus patenteava, em primeiro lugar, a diferença que há entre ele, não obstante a sua essência preciosa, a sua origem e a sua posição espíritas e o Senhor onipotente”.
“Deus é o único princípio universal, mas não divisível, que cria [...]. Deus é uno. Jesus, a quem podeis e deveis chamar seu filho sem por ser o órgão do Senhor todo poderoso e estar em relação com Ele; Jesus é a maior essência depois de Deus, porém não é a única essência espiritual desse grau. (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p. 168 e Tomo 2 p. 287)

3 - Quem é o CRISTO JESUS?
            No seio excelso do Criador Incriado, nos cimos da evolução pontificam os Cristos Divinos, os Devas Arcangélicos, cuja sublime glória e soberano poder superam tudo quanto de magnificente e formidável possa imaginar, por enquanto, a mente humana. São eles que, sob a inspiração do Grande Arquiteto do Universo, presidem, no infinito, a construção, ao desenvolvimento e a desintegração dos orbes, fixando-lhes as rotas, as leis fisioquímicas e biomatemáticas e gerindo seus destinos e os seus habitantes. (Áureo, Universo e Vida, 4. ed., p. 110)

“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
JESUS. Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava. (Kardec, O livro dos espíritos, 33. ed., perg. 625)

4 - Qual a missão de JESUS junto à humanidade?

“— Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção das coletividades terrícolas”.
Enviado de Deus, ele foi à representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no infinito.
Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes [...].” (Emmanuel, O consolador, 10. ed., perg. 283).

“Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional de seu Espírito e da sua missão divina”. (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 55).

            “Jesus não viera reinar sobre o mundo perecível, nem para promulgar Leis Materiais”. Qual era o fim da sua missão? Desprender da matéria homens materiais, quebrar-lhes os ídolos carnais, para lhes elevar os espíritos. Cumpria-lhe, portanto, bater com força, pois que suas pancadas ainda não repercutiam senão muito fracamente.
“A primeira ele a cumpriu desempenhando a sua missão terrena e contínua a cumpri-la no estado de espírito-santo, isto é, dos Espíritos Puros, dos Espíritos Superiores e do Bons Espíritos, que, sob a sua direção trabalham na sua obra.
“A segunda é a nova era que se abre diante de vós pela revelação espírita: a era do Espírito da Verdade, que vem, por intermediário dos Messias, isto é, dos enviados especiais e dos missionários, [...]”.
“A terceira ele a virá cumprir nos tempos preditos, como espírito da verdade trazendo o complemento e a sansão da verdade, para vo-la mostrar sem véu. Manifestar-se-á então aos homens em todo seu poder, em toda a majestade da sua pureza perfeita e imaculada, cercado dos Espíritos Puros, dos Espíritos Superiores e dos Bons Espíritos que vos terão preparado e levado a esses tempos, em que, sereis, do mesmo passo capazes e dignos de receber o Mestre e de suportar a verdade sem véu.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 pág.445 e Tomo2 p.191)

CRISTO viveu a sua paixão, não somente por razoes humanas e visíveis, de exemplo, mas por uma razão Divina e profunda, de expiação, de equilíbrio, de inviolabilidade da Lei. Naquele momento supremo, CRISTO, não estava somente diante dos homens, mas sobretudo diante de si mesmo e diante da Lei. (ASCESE MÍSTICA – Pietro Ubaldi – Cap. 11, 2 parte – Pág. 194)


5 - Qual o Legado Divino que JESUS recebeu?

“— Se devemos considerar o Velho Testamento como a pedra angular da Revelação divina, qual a posição do Evangelho de Jesus na educação religiosa dos homens?”
“— O Velho Testamento é o alicerce da Revelação Divina. O Evangelho é o edifício da redenção das almas. Como tal, devia ser procurada a lição de Jesus, não mais para qualquer exposição teórica, mas visando cada discípulo o aperfeiçoamento de si mesmo, desdobrando as edificações do Divino Mestre no terreno definitivo do Espírito.” (Emmanuel, O Consolador, 10. ed., perg. 282).

“Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens”. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. (Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 107, ed., p. 55-56).


6 - JESUS era um espírito encarnado como nós?

Os Cristos, Espíritos puríssimos, não encarnam. Não têm mais nenhuma afinidade essencial com qualquer tipo de matéria, que é o mais baixo estágio da energia universal. Para eles, matéria é lama fecunda, que não desprezam, sobre a qual indiretamente trabalham através de seus prepostos, na sublime mordomia da vida, mas coisa com que não podem associar-se contextualmente, muito menos em íntimas ligações genéticas. Eles podem ir a qualquer parte dos Universos e atuar onde lhes ordene a Vontade Todo-Poderosa de Deus Pai; podem mesmo mostrar-se visualmente por imenso sacrifícios de amor, a seres inferiores materializados, indo até ao extremo de submeter-se ao quase-aniquilamento de tangibilizar-se a vista e ao tato de habitantes de mundos inferiores, como a terra; mas não podem encarnar, ligar-se biologicamente a um ovo de organismo animal, em processo absolutamente incompatível com a sua natureza e tecnicamente irrealizável. Áureo, Universo e Vida, 4. ed., p. 110)

A superioridade de Jesus sobre os homens não se prendia as particularidades de seu corpo, mas às de seu Espírito, que dominava a matéria de maneira absoluta, e a de seu perispírito, haurida na parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres. (cap. XVI, nº. 9). Sua alma não devia prender-se ao corpo senão pelos laços estritamente indispensáveis; constantemente desligado, devia dar-lhe uma dupla vista não somente permanente, mas de uma penetração excepcional e bem de outro modo superior àquela que se vê entre os homens comuns. Deveria ser do mesmo modo em todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade destes fluidos lhe dava uma imensa força magnética, secundada pelo desejo incessante de fazer o bem.” (A Gênese, cap.XV, item 2).

“Ele era, entre os homens, o único que, revestido de um perispírito tangível, isento da encarnação humana tal como a sofreis, conservando sempre a sua qualidade de Espírito, de Espírito Puro sob a aparência corporal de um homem, podia compreender o seu Deus e compreender-se a si mesmo.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 2 p. 256).
  “O verdadeiro Cristo é uma realidade e uma sensação imensa que repele imagens[...]. A medida que o espírito sobe [...] a consciência alcança e toca, progressi­vamente, um Cristo sempre mais interior, penetrando na Sua profundidade; um Cristo sempre mais real e imaterial, dele se avizinhando primeiro com os sen­tidos, depois com a mente e depois com o coração, um Cristo sempre maior, mais potente, mais bondoso, mais unitário, mais transparente na Sua realidade — isto é: sempre mais, para o homem, perfeito modelo de Deus. Nesta progressão de imaterialidade e de interiorização, o espírito avizinha-se de Sua divina realidade, sente mais evidente Sua verdade.
 (ASCESE MÍSTICA – Pietro Ubaldi - cap. IX – 2 parte – pág. 177)

7 - Como se comunicava e operava JESUS?

“Entre os homens a quem falava, só ele estava apto a compreender a grandeza infinita do Senhor. Fora a vontade de Deus que lhe dera a visão do futuro, de que os olhos humanos não são capazes.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 2 p. 252)
“— Poder-se-á reconhecer nas parábolas de Jesus a expressão fenomênica das palavras, guardando a eterna vibração de seu sentimento nos ensinos”?
— Sim. As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a Humanidade. (Emmanuel, O Consolador, 10. ed. perg. 290).

CRISTO como centro de emanação, fonte de revelação, corrente de pensamento sempre presente para o governo do mundo.(AS NOURES - Pietro Ubaldi - cap. 5 pag. 211)

 “Nas curas que ele operava, agia como médium? Pode-se considera-lo como um médium curador? Não; porque o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados. Ora, o Cristo não tinha necessidade de assistência, ele que assistia os outros; agia, pois, por si mesmo, em virtude de seu poder pessoal, assim como podem fazê-lo os encarnados em certos casos e na medida de suas forças. Que Espírito, aliás, ousaria insuflar-lhe sues próprios pensamentos e encarregá-lo de transmiti-los? Se recebesse um influxo estranho, este não poderia ser senão de Deus; segundo a definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.” (A Gênese, cap. XV, item 2).

“Os fatos narrados no Evangelho e que foram até aqui considerados como miraculosos, pertencem, na maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, quer dizer, daqueles que têm por causa primeira as faculdades e os atributos da alma.”
            “O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como se viu sobre as propriedades do fluido perispiritual, que constitui o agente magnético; sobre as manifestações da vida espiritual, durante a vida e depois da morte; enfim, sobre o estado constitutivo dos Espíritos e o seu papel como força ativa da Natureza. Estes elementos conhecidos, e seus efeitos constatados, têm por conseqüência fazer admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados quando se lhes atribuía uma origem sobrenatural.” (A Gênese, cap.XV, item 1).

“Jesus aplicava o remédio adequado ao mal, qualquer que fosse a sua natureza.
“Pelo que respeita às áreas morais, que operou afastando dos subjugados os espíritos obsessores, fazendo assim cessar a subjugação, Jesus expulsava os maus espíritos pelo poder superior a que os espíritos inferiores não podem resistir, quando é posto em ação.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 2 p.93-94).

8 - Quem era a família de JESUS?
E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. - Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito. Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lodo de fora, mandaram chamá-lo. - Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. - Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; - pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS. cap. III, vv. 20, 21 e 31 a 35 - S. MATEUS, cap. XII, vv. 46 a 50.)


9 - Onde JESUS se encontrava dos doze aos trinta anos de idade?

Que fez Jesus durante o período de 18 anos decorridos desde que regressou a Nazaré até a época em que deu começo ao desempenho da sua missão?

“Sua aparente vida humana transcorreu dividida entre o labor manual e a prática do amor, isto é, da bondade e da caridade para com todos os que o cercavam.”
“Passava por viver retirado e buscar a solidão. Cumpria todos os deveres ostensivos da humanidade, do ponto de vista da família e das relações com os pais e os vizinhos, submisso à lei do trabalho, que ele teria de fazer com que fosse considerada a maior e a mais justa das leis e adotado por homens que, como vós, se revoltavam contra o seu jugo. Tendo vindo para pregar pelo exemplo, Jesus deu o exemplo;”
“Durante o tempo que não consagrava à prática da lei do trabalho, por meio do labor manual, à prática da bondade e da caridade, ao cumprimento de todos os deveres ostensivos da humanidade, Jesus se ausentava, afigurando-se a Maria e aos homens que repartia assim o tempo entre os deveres humanos e a prece...”  (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 1 p.255-256).

10 - A Maternidade SANTÍSSIMA – MARIA DE NAZARÉ

“São espíritos sublimes, de imensa superioridade evolutiva, que só encarnam na terra em raras e altíssimas missões, de singularíssima importância para a evolução da humanidade.O maior desses espíritos foi a Mãe Maria de Nazaré, A Virgem Excelsa, Rainha dos Anjos, cuja presença material, na crosta da Terráquea, foi indispensável para a materialização do Messias Divino entre os homens. Coube a ela fornecer ao Mestre a base ectoplasmática necessária a tangibilização, servindo ainda de ponto de referência e de equilíbrio de todos os processos espirituais, eletromagnéticos e químico-físicos que possibilitaram, neste orbe, a presença crística. Tudo o que o Senhor Jesus sentiu, na sua jornada messiânica, repercutiu diretamente nela, na Santa das Santas, na Augusta Senhora do Mundo. Estrela Divina do Universo das Grandes Almas, também ela teve de peregrinar do paraíso excelso de sua felicidade para o nosso vale de lágrimas, a fim de ajudar e servir a uma Humanidade paupérrima de espiritualidade, da qual se fez, para sempre, a Grande Mãe, a Grande Advogada e a Grande Protetora”. (Áureo, Universo e Vida, 4. ed., p. 116).


11 - Quais Espíritos colaboraram com Jesus e participaram do Colegiado Apostólico?
            “Assim com O recebera uma missão a desempenhar na Terra. Jesus permitira que os Espíritos fiéis igualmente baixassem em missão a esse planeta correspondendo esta ao grau de adiantamento de cada um.” (Os 4 Evangelhos de Roustaing – Tomo 4 p. 480).
Como os Grandes Espíritos são solidários entre si, também o são os mundos e as Humanidades que eles governam em nome do Criador. Quando Sírius, da constelação do Grande Cão, atingiu a posição de sistema regenerado, muitos Espíritos orgulhosos e rebeldes que lá habitavam foram transferidos para a Capela da constelação do Cocheiro, que era na ocasião, um sistema de mundos de provas e expiações. No transcurso dos milênios, esses degredados, já redimidos, regressaram em sua maioria,...ou se incorporaram as coletividades capelinas... Houve porem numerosas entidades, de poderosa inteligência, mas de renitente coração, que não apenas perseveraram em sua rebeldia, mas lideraram, além disso, legiões de tresloucados seguidores... Esses espíritos que, indesejáveis em Capela, quando aquele sistema alcançou o estágio de orbes de regeneração, foram banidos para a terra, onde a magnanimidade do Cristo os recebeu e amparou.  
Tais degredados, não vieram, porém sozinhos... Alguns dos seus grandes líderes, já redimidos, renunciaram, por amor a eles,a glória e felicidade do regresso a Sírius, e desceram, a sua frente aos vales de dor da Terra primitiva... É assim que, mesmo antes do messianato do senhor Jesus, a História registra a passagem , entre os homens, de luminosos gênios Espirituais.... Fo-Hi, Lao-Tsé, Confúcio, Buda, Ésquilo, Heródoto, Sócrates.
Foi porém, entre os hebreus, povo escolhido para acolher no seu seio o Messias Divino, que esses gloriosos missionários mais frequentemente se manifestaram, a começar pelo maior de todos, o grande condutor dos degredados, que seria na terra, o neto de Abraão, aquele Jacó que se transformaria em Israel, pai das doze tribos que se derivaram dos seus doze filhos. Sempre atuante e sempre fiel, ele voltaria depois, como Moisés e como Elias, para tornar novamente ao mundo na figura do Batista.
Tal como ele, Abraão, que mais tarde Salomão e depois Simão Pedro; Issac, que seria Daniel e posteriormente João o Evangelista; o Chanceler do Egito, que viria a ser Davi e depois Paulo de Tarso; e muitos outros, dentre os quais quase todos aqueles que, a chamado de Jesus, integraria o Colégio Apostólico.
Mas o amor sublime de excelsos Espíritos de Sírius não abandonou os antigos companheiros, e foi de lá, daquele orbe santificado, que vieram, desde os primórdios da Terra, para auxiliar voluntariamente ao Cristo Jesus... Ana e Simeão, Isabel e Zacarias, e principalmente o Carpinteiro José e a Santa Mãe Maria.
A verdade é que, quanto mais elevados na hierarquia da Vida, mais os espíritos se voram ao amor e a renúncia, ao trabalho e ao sacrifício, em benefício de seus irmãos menos adiantados na senda evolutiva.
São exemplos dessa maravilhosa realidade a Mãe e o Precursor do Excelso Mestre... Jesus disse a esposa de Zebedeu que só se sentariam a sua direita e a sua esquerda, no Reino dos Céus, aqueles a quem o Pai havia reservado esses lugares, porque sabia que o Eterno já elegera para esses supremos ministérios o grande Batista e a magnânima Maria de Nazaré; o primeiro para reger, sob a sua crística supervisão, os problemas planetários da Justiça, e Ela para superintender, sob a soberana influencia, as benevolência do Amor. Por isso, todos os decretos lavrados pelo sublime Chanceler da Justiça somente são homologados pelo Cristo depois de examinados e instruídos pela Excelsa Advogada da Humanidade, a fim de que nunca falte, em qualquer processo de dor, as bênçãos compassivas da misericórdia e da esperança.

12 - Quais foram os seus ensinamentos?

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque será grande o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos maldizem, orai pelos que vos insultam. Ao que vos bate numa face, oferecei também a outra; ao que vos arranca o manto, não recuseis a túnica. Daí ao que vos pedir e nada reclameis de quem vos tirar o que é vosso. Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-lhes vós a eles. Sede misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados. Dai e dar-se-vos-á: derramarão em vosso regaço uma medida boa, calcada e transbordante, porque a medida com que medirdes os outros será a mesma com que vos medirão a vós. A árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Se ao trazerdes ao altar a vossa oferta, ali vos lembrardes de que vosso irmão tem alguma coisa contra vós, deixai perante o altar a vossa oferta, ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, e depois, voltando, fazei vossa oferenda. Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes visto por eles. Quando derdes esmola, não toqueis trombeta diante de vós, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados. Não saiba a vossa mão direita o que faz a esquerda, para que a vossa esmola fique em segredo; e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. Quando orardes, entrai ao vosso quarto e, fechada a porta, falai com o vosso Pai. Quando jejuardes, não vos mostreis aos outros. Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem podem corroê-los e onde os ladrões podem roubá-los, mas ajuntai tesouros no céu, porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Dai de graça o que de graça recebeis. Não se perturbe o vosso coração: credes em Deus, crede também em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas... Se me amais, guardai o meu mandamento. Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. Não vos deixarei órfãos. A paz vos deixo, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não desfaleça, pois, o vosso coração. Permanecei no meu amor. Quando vier o Consolador, que eu enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade dará testemunho de mim. Tenho ainda muito o que vos dizer, mas vós não o podeis suportar ainda. Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto houver ouvido de mim e vos anunciará as coisas que hão de vir. Os reis dos povos dominam sobre eles e os que exercem autoridade são chamados de benfeitores. Mas, entre vós, o maior será o que se fizer servo de todos e aquele que dirige será como o que serve. Entre vós, eu sou aquele que serve. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem. Quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Eu sou a luz do mundo, mas se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgarei, porque não vim para julgar o mundo e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue, porque a própria palavra que digo o julgará no último dia. Se eu, sendo Mestre e Senhor vos lavo os pés, deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Eu vos dei o exemplo, para que, como vos fiz, façais vós também. Em verdade vos digo que não é o servo maior que o seu senhor, nem o enviado maior que aquele que o enviou. Se, pois, sabeis estas coisas, "bem-aventurados sereis se as praticardes”. 

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