quarta-feira, 11 de março de 2015

DEUS

DEUS

 
1- O que é Deus?


“Caminhemos juntos à procura de DEUS. Não certamente, do DEUS, absoluto, para nós superconcebível na Sua substância, par nós não suscetível de definição, do DEUS transcendente, que “é”, além de toda a Sua expressão.
Para nós, humanos, Ele é hoje o inacessível, o incognoscível, que a mente não pode alcançar além de Sua suprema afirmação no todo em que Ele nos aparece, a qual nos diz: “Eu sou”.
Caminhemos, ao invés, a procura do DEUS para nós concebível, porque imanente, expresso na forma, que nos é acessível porque sensoriamente vestido de uma expressão em nosso contingente.” (Pietro Ubaldi. Deus e Universo, cap. II – p.30)

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (Allan Kardec. Livro dos Espíritos, q.1).

“Deus é, pois, a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa.” (Allan Kardec. A Gênese, cap. II, item 19).


2 - Qual a natureza de Deus?

“Para compreender Deus nos falta, ainda, o sentido que não se adquire senão pela completa depuração do Espírito.” (Allan Kardec. A Gênese, cap. II item 8)

 “A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde com  muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribuem; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz idéia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme a sã razão.” (Allan Kardec. Livro dos Espíritos, q.11)

“Deus é o universal princípio inteligente que por ato da sua própria vontade, atua sobre o fluido universal, operando neste todas as combinações, todas as transformações, de conformidade com aquelas Leis Imutáveis e Eternas. Esse universal princípio inteligente é que produz a criação universal, por vós chamada – NATUREZA, e é que tudo leva, segundo a Lei Imutável do progresso e da harmonia, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, assim na ordem espiritual, como na ordem fluídica e na ordem material.” (Roustaing. Os Quatro Evangelhos, v. 4 p. 255)


3 - Quais as provas da existência de Deus?

 “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.” (Allan Kardec. Livro dos Espíritos, q. 4)

 “O Criador se manifesta a nós outros – criaturas conscientes, mas imperfeitas através de leis que Lhe expressam os objetivos no rumo do Bem Supremo.” (Emmanuel. Justiça Divina, p.119)
                  
         “Assim se nos tornam compreensíveis às relações entre Deus e o Universo, pois que nós podemos observá-las refletidas em nós mesmos. Deus é o ”Eu sou” do universo. Este, no seu aspecto dinâmico e físico, é a forma pela qual Deus exprime o pensamento, é como que um Seu corpo, de modo que de Deus nós possamos, na forma também, ver igualmente um semblante que pode espelhar na fisionomia e expressão o seu íntimo pensamento animador. Assim como nós procuramos num rosto humano, uma alma, assim como em toda forma procuramos o princípio inteligente que nela se exprime, assim também podemos ver na criação a fisionomia de Deus.” (Pietro Ubaldi. Deus e Universo, cap. II p. 34)

4 - Pode existir alguma coisa fora de DEUS?

“Que ocorra assim, ou não, com o pensamento de Deus, quer dizer, que ele atue diretamente ou por intermédio de um fluido, para facilidade de nossa inteligência, represente-mo-lo sob a forma concreta de um fluido inteligente, preenchendo o Universo infinito, penetrando todas as partes da criação: a Natureza inteira está mergulhada no fluido divino; ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo são da mesma natureza, e tem as mesmas propriedades do todo, cada átomo desse  fluido, se pode exprimir-se assim, possuindo o pensamento, que dizer, os atributos essenciais da Divindade, e esse fluido estando por toda a parte, tudo está submetido à sua ação inteligente, à sua previdência, à sua solicitude; não há um ser, por ínfimo que se o suponha, que, dele não esteja de algum modo saturado. Estamos, assim, constantemente em presença da Divindade; não há uma única das nossas ações, que possamos subtrair ao seu olhar; o nosso pensamento está em contato com seu pensamento, e é com razão que se diz que Deus lê nas mais profundas dobras do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.”(Allan Kardec. A Gênese, cap.II, item 24)

 “Deus como o disse o apóstolo Paulo (1ª Epístola aos Coríntios, VIII, v.5), por ser criador incriado, é o Pai, de quem todas as coisas tiram o ser. E ele nos fez para si, no sentido de que todas as suas criaturas, com o objetivo da vida universal, do progresso universal, da harmonia universal, têm que atuar sobre a natureza em todos os reinos e em todas as criações, segundo suas leis imutáveis e eternas, sob a impulsão da sua vontade superior.” (Roustaing. Os Quatro Evangelhos, v.4, p. 225-226 e p.229 e 231, v. 3, p.352 e v. 1, p.288).

“Que vem a ser, neste sistema, o vosso conceito de Divin­dade? Compreendeis que Deus não pode ser algo mais e exterior à criação, ou distinto dela;
Em sua essência, Deus está além do universo de vossa consciência, além dos limites de vosso concebível.
Hoje, que finalmente vossa mente está amadurecendo, não é mais lícito, como no passado, “reduzir” aquele conceito a proporções antropomórficas. Hoje, eu já trouxe ao vosso relativo nova e maior aproximação; projetei em vossas mentes a maior imagem que as humanidades futuras terão de Deus. Este é um canto mais alto de sua glória. [...]Não procureis Deus apenas fora de vós, tornando-O concreto em imagens e expressões de matéria, mas O “sentis”, sobretudo, em sua forma de maior po­der dentro de vós, na idéia abstrata, estendendo os braços para o universo do espírito, que vos aguarda.” (Pietro Ubaldi. A Grande Síntese, cap. 30 p. 99-100)

5 - Evolução da concepção humana com relação a DEUS.

“Vede como na Terra cada um adora a representação máxima da Divindade que pode conceber, e como, no tempo, essa aproximação se dilata. Do politeísmo ao mono­teísmo e ao monismo verificais o progresso de vossa concepção, que é proporcional à vossa força intelectiva e progride com ela. A luz aparece mais intensa à proporção que o olhar se torna mais penetrante.” (Pietro Ubaldi. A Grande Síntese, cap. 30 p. 100)

“[...] o conceito é este: como do politeísmo passastes ao monoteísmo, isto é, à fé num só Deus (mas sempre antropomórfico, pois realiza uma criação fora de si), agora passais ao monismo, isto é, ao conceito de um Deus que É a criação [...]  Farei que lampeje em vossas mentes um Deus ainda maior que tudo o que pudestes conceber. Do politeísmo, ao monoteísmo e ao monismo, dilata-se vossa concepção de Divindade.” (Pietro Ubaldi. A Grande Síntese, cap. 30 p. 32)

6 - Como podemos nos comunicar com DEUS?

“Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.” (N. Testamento - S. Mateus, cap. VI, vv., 5 a 8.)

“Para estender sua solicitude sobre todas as criaturas, Deus não tem, pois, necessidade de mergulhar seu olhar do alto da imensidade; as nossas preces, para serem ouvidas por ele, não têm necessidade de cortarem o espaço, nem de serem ditas com voz retumbante, porque, incessantemente ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os “nossos pensamentos são iguais aos sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ambiente.” (Allan Kardec. A Gênese, cap. II, item 24)

7 - Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, temos idéia completa de Seus atributos?

“Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão,  com efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma lhe faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior a tudo,
não seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação possa conceber” (Allan Kardec. Livro dos Espíritos, q.13)

8 – O que dizem estes atributos?

a) Deus é a suprema e soberana inteligência.
“É limitada a inteligência do homem, pois que não pode fazer, nem compreender tudo o que existe. A de Deus, abrangendo o infinito, tem que ser infinita. Se a supuséssemos limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não faria e assim por diante, até ao infinito.”
b) Deus é eterno
“Isto é, não teve começo e não terá fim. Se tivesse tido princípio, houvera saído do nada. Ora, não sendo o nada coisa alguma, coisa nenhuma pode produzir.”

c) Deus é imutável.
“Se estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teria as leis que regem o Universo.”

d) Deus é imaterial
“Isto é, a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, não seria imutável, pois estaria sujeito às transformações da matéria.”

e) Deus é onipotente.
“Se não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma entidade mais poderosa e assim por diante [...]”

f) Deus é soberanamente justo e bom.
“A providencial sabedoria das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que se duvide da sua justiça, nem da sua bondade.”

g) Deus é infinitamente perfeito.
“É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições, sem o que não
seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse.
Para que nenhum ser possa ultrapassá-lo, faz-se mister que ele seja infinito em tudo.”

h) Deus é único.
“A unicidade de Deus é conseqüência do fato de serem infinitas as suas  perfeições. A ignorância do princípio de que são infinitas as perfeições de Deus foi que gerou o politeísmo, culto adotado por todos os povos primitivos, que davam o atributo de divindade a todo poder que lhes parecia acima dos poderes inerentes à Humanidade.
É assim que, comprovada pelas suas obras a existência de Deus, por simples
dedução lógica se chega a determinar os atributos que o caracterizam.” (Allan Kardec. A Gênese, p. 56-60).

9 – Por que segundo CRISTO devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas”?

“[...] o Universo inteiro vive mergulhado e penetrado pelo fluido cósmico e vivificador que dimana da Mente Paternal de Deus.
 [...] Somos, por isso, de Deus, como tudo é de Deus, porque nós, como tudo, dele provimos e dEle nos sustentamos. Ao malbaratarmos os bens da vida, depredamos o que é do Pai Celeste, que, todavia, nos tolera e nos ensina pacientemente a usar a herança que Ele nos destinou ao nos criar, até que aprendamos, com os recursos do tempo e da experiência, a assumir e a exercer definitivamente o Principado Espiritual, no seu Reino Divino”. (Áureo. Universo e Vida, p. 101-102).

 “Amar a Deus é render homenagem ao princípio do AMOR, à causa da VIDA. Criatura ínfima, que pode o homem, que pode o Espírito que anima essa forma grosseira fazer como testemunho de reconhecimento ao Senhor onipotente por todos os tesouros que lhe pôs nas mãos a fim de que deles se utilize incessantemente? AMAR, porquanto o AMOR inspira a submissão, a gratidão e o respeito; AMAR, porquanto o AMOR é o único laço que liga a criatura ao criador. E esse AMOR deve manifestar-se de todos os modos, visto que representa a criação inteira.” (Roustaing. Os Quatro Evangelhos,  v.4 p. 559)

10 - É possível a Ciência, nos dias de hoje, explicar DEUS?

“Tudo no seio da natureza tem que seguir a sua marcha regular. Longe está ainda a vossa ciência do que virá a ser o grande poder dado pelo Senhor ao homem, mas é necessário que este se faça digno de exercitá-lo.” (Roustaing. Os Quatro Evangelhos,  v.2 p. 110)


         “Em que consiste a progressiva indagação da Ciência, que avança de descoberta em descoberta, senão em contínuas e crescentes sondagens na profundeza do pensamento divino? Este está escrito no funcionamento orgânico do universo, e quem o indagar procura ler no livro em que estão escritas as leis do ser e busca  compreender a idéia diretriz, a alma do todo”. (Pietro Ubaldi. Deus e Universo, cap. II, p. 35)

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