domingo, 15 de março de 2015

CRIAÇÃO DO ESPÍRITO



     DA CRIACAO, PREEXISTÊNCIA E ETERNIDADE DO ESPÍRITO

Nas próximas aulas abordaremos:

1.    ASPECTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA
2.    CRIACAO PRIMORDIAL DO ESPÍRITO
3.    DECISÃO PRIMORDIAL RESULTANDO COMO QUEDA PRIMORDIAL - INVOLUCAO
4.    O SURGIMENTO DA MATÉRIA - NOSSO UNIVERSO
5.    O RETORNO AO PAI– EVOLUCAO
6.    O ESPÍRITO E A EVOLUCAO
7.    COMPLEXO HUMANO
8.    O CORPO
9.    PERISPÍRITO
10. ESPÍRITO

1.    ASPECTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA

A Doutrina Espírita é estudada sob vários aspectos como os abaixo relacionados:

·         O Espírito sua criação e evolução.
·         Desencarnação e o Mundo Espiritual.
·         A evolução e os Universos Físicos e Espirituais
·         Origem e necessidade da encarnação e reencarnação.
·         Comunicação com os Espíritos: Mediunidade, Prece etc.
·         Relação entre os Espíritos: Obsessão, Livre Arbítrio etc.
·         Leis Divinas: Decisões, Vida Futura etc.
·         O espiritismo e as relações com a vida prática.

A cada aula estaremos abordando um ou mais de um destes aspectos para ampliarmos cada vez mais nossa consciência a respeito do assunto.

  1. CRIACAO PRIMORDIAL DO ESPÍRITO

“E criou DEUS o homem a sua imagem, a imagem de DEUS o criou...” (GEN 1:27 - TORÁ – A lei de Moisés – Pág. 3 – Editora Sêfer)


a) O POR QUE DA CRIAÇÃO?

O nosso ponto de partida será, pois, o capítulo final, intitulado: "Visão Sintética" do Volume Deus e Universo. Naquela visão, de máxima amplitude, que até agora conseguimos por intuição, enxertaremos a outra visão, menos vasta, porém mais próxima, a de A Grande Síntese (livro). Os conteúdos dos dois volumes estarão, pois, fundidos aqui numa única concepção, que nos dará, num só golpe de vista, a visão de todo o Sistema. O nosso trabalho é, agora, o mesmo da minha primeira fase de recepção por inspiração, ou seja, abrir os olhos e ver.
Assim, quando chegamos a esta visão, não podemos saber nem nos perguntar por que Deus quis existir e agir de determinada maneira e não de outra. Podemos somente receber a visão e registrar o estado de fato, que ela representa, e por fim aceitá-lo. ...
...Por isso, não podemos explicar porque Deus teria querido criar os seres, transformando-se, de um todo homogêneo, internamente indiferenciado, num todo orgânico, unidade coletiva composta de infinitos espíritos.



b) A VISAO – O TODO DEUS
Apareceu-me Deus como uma esfera que envolve o todo, isto é, como conceito abstrato de esfera, existente além do espaço e cuja superfície está situada no infinito. Deus está no centro e domina toda a esfera, existindo também em cada ponto seu. Deus não pode ser definido, porque no infinito Ele simplesmente "é". Deus significa existir. Ele é a essência da vida. Tudo o que existe é vida, isto é, Deus. E Deus é tudo o que existe, que é vida.
Nós, como tudo o que existe, estamos em Deus, porque nada pode existir fora de Deus, nada lhe pode ser acrescentado nem tirado.


c) TRES POSICOES

Eis então que a esfera a qual chamamos de Tudo-Uno-Deus, por representar Deus como Unidade envolvendo o todo, inicia um processo de íntima elaboração, levando-a a uma profunda transformação..... a Divindade se distingue em três momentos sucessivos, constituindo a Trindade do Deus-Uno...

No primeiro momento, acha-se Deus no estado de puro pensamento. Ele então existe como um “eu” pensante que concebe. O movimento da elaboração interior está só na ideação abstrata, que é de visão do plano, o qual depois se realizará nos momentos sucessivos; é formulação da Lei, isto é, dos princípios que irão reger tudo; é contemplação da obra futura, ainda no estado de imagem mental.

Mas, eis que tudo se transforma e passa a um segundo momento, quando a concepção se muda em ação. O movimento da elaboração interior, de puro pensamento se torna vontade, que executa a idéia abstrata, põe em ação os planos concebidos, aplica os princípios da Lei. A imagem mental torna-se ação e se encaminha à sua realização.
Chega-se, assim, ao terceiro momento, àquele em que a idéia, por meio da ação, atingiu sua realização. Então o movimento da elaboração interior se completou, chegando à obra terminada, na qual, por meio da ação, a idéia originária do primeiro momento encontrou sua expressão final, de acordo com os planos concebidos e os princípios da Lei. É neste terceiro momento que ocorre a gênese da criatura, ou seja, a criação.

d) A TRINDADE

Estes três momentos representam o que chamamos as três pessoas da Trindade, ou seja: Espírito (a concepção); Pai (o Verbo, ou ação); Filho (o ser criado). Cada um dos três momentos é sempre o mesmo Deus, que permanece assim o Todo-Uno e trino ao mesmo tempo.

e) ÍNTIMA AUTO ELABORACAO – CRIACAO PRIMORDIAL

....Neste processo, Deus multiplicou-se, como que se dividindo num número infinito de seres e no entanto continuando uno. Nos três momentos, a unidade de Deus permanece intacta e idêntica. Em vista de, ao Todo, nada se poder acrescentar, a criação ocorreu e permaneceu no seio do Tudo-Uno-Deus. Em outras palavras, poderemos imaginar este processo criador, como uma íntima auto-elaboração, pela qual Deus se transformou, de seu estado homogêneo e indistinto, em outro seu estado diferenciado e orgânico.

Criou-se, assim, o modelo, que mais tarde será repetido na formação de todos os organismos, quer da matéria quer da vida, segundo um dos maiores princípios da Lei, o das unidades coletivas.

Essa era de puros espíritos perfeitos, bem diferentes em toda sua qualidade, daquela em que nos achamos atualmente situados...


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