TIPOS DE DESENCARNE
“O estado da alma varia consideravelmente segundo o gênero de morte,
mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos que teve durante a vida. Na
morte natural, o desligamento se opera gradualmente e sem abalo; freqüentemente,
ele começa mesmo antes que a vida se extinga. Na morte violenta por suplício,
suicídio ou acidente, os laços se rompem bruscamente; o Espírito, surpreendido
pelo imprevisto, fica como atordoado pela mudança que nele se opera e não
compreende sua situação”. (O Livro dos Espíritos, nº. 165 - Revista Espírita,
1858, pág. 166)
b.2.1) Desencarne Natural
(Velhice) Doença
68 - Qual a causa da morte dos seres orgânicos?
“Esgotamento dos órgãos”.
a) Poder-se-ia comparar a morte à cessação do movimento de uma máquina
desorganizada?
“Sim, se a máquina está mal montada, cessa o movimento, se o corpo está
enfermo a vida se extingue”. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Perg. n° 68).
“— entretanto, essas surpresas tristes não se verificam para as almas,
no caso das enfermidades dolorosas e prolongadas, em que o coração e o
raciocínio se tocam das luzes das meditações sadias, observando as ilusões e os
prejuízos do excessivo apego à Terra, sendo justo considerarmos a utilidade e a
necessidade das dores físicas, nesse particular, porquanto com o seu concurso
precioso pode o homem alijar o fardo de suas impressões nocivas do mundo, para
penetrar tranqüilamente os umbrais da vida do infinito”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 152).
b.2.2) Acidente
“A desencarnação por acidentes, os casos fulminantes de desprendimento
proporcionam sensações muito dolorosas à alma desencarnada, em vista da
situação de surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis. Quase
sempre, em tais circunstâncias, a criatura não se encontra devidamente
preparada e o imprevisto da situação lhe traz emoções amargas e terríveis”. (Emmanuel,
O Consolador, Perg. n° 152).
b.2.3) Suicídio
“A primeira decepção
que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as transições da morte
do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de sua
decisão tocada de suprema rebeldia.Suicidas há que continuam experimentando os
padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático,
indefinidamente”. (Emmanuel, O Consolador, Perg. n° 154).
b.2.4) Homicídio e Aborto
“Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são
determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do
homem sobre a Terra”. (Emmanuel, O
Consolador, Perg. n° 146).
“As mortes repentinas, as desencarnações improvisadas, quase sempre são
provações e, às vezes, ocorrências inevitáveis no mapa de trabalho trazido pelo
espírito, ao reencarnar”. (Emmanuel, Entrevistas,
Item 11).
“Após a fecundação
do óvulo pelo espermatozóide o Espírito reencarnante é ligado ao embrião,
constituindo um ser humano que habitará o ventre materno por nove meses,
protegido em sua fragilidade até que possa enfrentar o mundo exterior. O aborto
situa-se, assim, como uma desencarnação”. (Richard Simonetti, Quem Tem Medo da Morte?, Itens: Aborto
e Consciência do Erro).
b.2.5) Eutanásia
O termo eutanásia, cujo significado é “morte feliz”, foi criado pelo
filósofo Francis Bacon. Ele argumentava que o médico tem a responsabilidade de
aliviar doenças e dores, não somente com a cura do mal, mas também
proporcionando ao doente uma morte calma e fácil, se o problema for
irreversível.
As religiões em geral manifestam-se contrárias à eutanásia, partindo de
dois princípios fundamentais:
PRIMEIRO: Compete a Deus, Senhor de nossos destinos,
promover nosso retorno à Espiritualidade. Na Tábua dos Dez Mandamentos Divinos,
recebida por Moisés no Monte Sinai, onde estão os fundamentos da justiça
humana, há a recomendação inequívoca: “Não matarás”.
SEGUNDO: Ninguém pode afirmar com absoluta segurança que
um paciente está irremediavelmente condenado. A literatura médica é pródiga em
exemplos de pacientes em estado desesperador que se recuperam.
O Espiritismo ratifica tais considerações e nos permite ir além,
demonstrando que a eutanásia não só interrompe a depuração do Espírito
encarnado pela enfermidade, como lhe impõe sérias dificuldades no retorno ao
Plano Espiritual.
B.
ANTES
DO DESENCARNE
c.1) Deveríamos ter medo da Morte?
“No que se refere aos
receios, somos obrigados a reconhecer, muitas vezes, as razões aduzidas pelo
amor, sempre sublimes na sua manifestação espiritual. Todavia, não é justo que
o crente sincero se encha de pavores ante a idéia de sua passagem para o plano
invisível aos olhos humanos, sendo oportuno o conselho de uma preparação
permanente do homem para a vida nova que a morte lhe apresentará.” (FCXAVIER - O
Consolador - Emmanuel – pág. 97)
“Os espíritas, pois,
realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios
superiores. Para todos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da
vida maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se
ponham, de novo a caminho do alvorecer.” (FCXAVIER - Justiça Divina - Emmanuel
– pág.147)
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