A
REDAÇÃO DOS TEXTOS DEFINITIVOS
Nesse tempo, quando
a guerra formidável da crítica procurava minar o edifício imortal da nova
doutrina, os mensageiros do Cristo presidem à redação dos textos definitivos,
com vistas ao futuro, não somente junto aos Apóstolos e seus discípulos, mas
igualmente junto aos núcleos das tradições. Os cristãos mais destacados trocam,
entre si, cartas de alto valor doutrinário para as diversas igrejas. São
mensagens de fraternidade e de amor, que a posteridade muita vez não pôde ou
não quis compreender.
PRIMÓRDIOS
DO CATOLICISMO
O Cristianismo,
porém, já não aparecia com aquela mesma humildade de outros tempos. Suas cruzes
e cálices deixavam entrever a cooperação do ouro e das pedrarias, mal lembrando
a madeira tosca, da época gloriosa das virtudes apostólicas.
Seus concílios, como
os de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia, não eram assembléias que
imitassem as reuniões plácidas e humildes da Galiléia. A união com o Estado era
motivo para grandes espetáculos de riqueza e vaidade orgulhosa, em
contraposição com os ensinos dAquele que não possuía uma pedra para repousar a
cabeça dolorida.
O
ISLAMISMO
Antes da fundação do
Papado, em 607, as forças espirituais se viram compelidas a um grande esforço
no combate contra as sombras que ameaçavam todas as consciências. Muitos
emissários do Alto tomam corpo entre as falanges católicas no intuito de
regenerar os costumes da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de Roma
aos braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo de seus esforços
no penoso trabalho de arquivar experiências para as gerações vindouras.
Numerosos Espíritos
reencarnam com as mais altas delegações do plano invisível. Entre esses
missionários, veio aquele que se chamou Maomet, ao nascer em Meca no ano 570.
Filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob
a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte
de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos romanos, nos
ambientes da Europa.
RENASCENÇA
RELIGIOSA
A essas atividades
reformadoras não poderia escapar a Igreja, desviada do caminho cristão. O plano
invisível determina, assim, a vinda ao mundo de numerosos missionários com o
objetivo de levar a efeito a renascença da religião, de maneira a regenerar os
seus relaxados centros de força. Assim, no século XVI, aparecem as figuras
veneráveis de Lutero, Calvino, Erasmo, Melanchton e outros vultos notáveis da
Reforma, na Europa Central e nos Países Baixos.
AS
LUTAS DA REFORMA
Debalde a Dieta de
Worms, em 1521, condenara Lutero como herege, levando-o a refugiar-se em
Wartburgo, porque as suas idéias libertárias acenderam uma nova luz,
propagando-se com a rapidez de um incêndio.
O direito do exame
livre, porém, dividiu a Reforma em vários departamentos religiosos, de acordo
com a orientação pessoal de seus pregadores, ou das conveniências políticas do
meio em que viviam. Na Alemanha era o Protestantismo, com os partidários dos
princípios de Martinho Lutero; na Suíça e na França era o Calvinismo e, na
Escócia, a Igreja Presbiteriana.
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