sexta-feira, 13 de março de 2015

Revelação Parte 3









A REDAÇÃO DOS TEXTOS DEFINITIVOS

Nesse tempo, quando a guerra formidável da crítica procurava minar o edifício imortal da nova doutrina, os mensageiros do Cristo presidem à redação dos textos definitivos, com vistas ao futuro, não somente junto aos Apóstolos e seus discípulos, mas igualmente junto aos núcleos das tradições. Os cristãos mais destacados trocam, entre si, cartas de alto valor doutrinário para as diversas igrejas. São mensagens de fraternidade e de amor, que a posteridade muita vez não pôde ou não quis compreender.

PRIMÓRDIOS DO CATOLICISMO

O Cristianismo, porém, já não aparecia com aquela mesma humildade de outros tempos. Suas cruzes e cálices deixavam entrever a cooperação do ouro e das pedrarias, mal lembrando a madeira tosca, da época gloriosa das virtudes apostólicas.
Seus concílios, como os de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia, não eram assembléias que imitassem as reuniões plácidas e humildes da Galiléia. A união com o Estado era motivo para grandes espetáculos de riqueza e vaidade orgulhosa, em contraposição com os ensinos dAquele que não possuía uma pedra para repousar a cabeça dolorida.

O ISLAMISMO

Antes da fundação do Papado, em 607, as forças espirituais se viram compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras que ameaçavam todas as consciências. Muitos emissários do Alto tomam corpo entre as falanges católicas no intuito de regenerar os costumes da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de Roma aos braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo de seus esforços no penoso trabalho de arquivar experiências para as gerações vindouras.
Numerosos Espíritos reencarnam com as mais altas delegações do plano invisível. Entre esses missionários, veio aquele que se chamou Maomet, ao nascer em Meca no ano 570. Filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos romanos, nos ambientes da Europa.

RENASCENÇA RELIGIOSA

A essas atividades reformadoras não poderia escapar a Igreja, desviada do caminho cristão. O plano invisível determina, assim, a vinda ao mundo de numerosos missionários com o objetivo de levar a efeito a renascença da religião, de maneira a regenerar os seus relaxados centros de força. Assim, no século XVI, aparecem as figuras veneráveis de Lutero, Calvino, Erasmo, Melanchton e outros vultos notáveis da Reforma, na Europa Central e nos Países Baixos.

AS LUTAS DA REFORMA

Debalde a Dieta de Worms, em 1521, condenara Lutero como herege, levando-o a refugiar-se em Wartburgo, porque as suas idéias libertárias acenderam uma nova luz, propagando-se com a rapidez de um incêndio.
O direito do exame livre, porém, dividiu a Reforma em vários departamentos religiosos, de acordo com a orientação pessoal de seus pregadores, ou das conveniências políticas do meio em que viviam. Na Alemanha era o Protestantismo, com os partidários dos princípios de Martinho Lutero; na Suíça e na França era o Calvinismo e, na Escócia, a Igreja Presbiteriana.


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