segunda-feira, 16 de março de 2015

A Queda !












  1. DECISÃO PRIMORDIAL RESULTANDO COMO “QUEDA” PRIMORDIAL - INVOLUCAO

a) A LIBERDADE COMO PRINCÍPIO

Concluída a precedente ordem de conceitos, abre-se diante de nós uma outra visão, numa ordem de conceitos afins e conseqüentes .... "A criatura é livre, podendo, pois, agir contra o sistema". Aprofundemos aqui, como antes não pudemos fazê-lo, essa tese, desenvolvendo-a e analisando-lhe todas as conseqüências.
Para compreender, observemos a estrutura do sistema. Ela se baseia em alguns princípios fundamentais como o egocentris­mo e a liberdade. A criatura, parte integrante do sistema, foi cons­tituída como um esquema menor do esquema maior, cujo centro é Deus, de acordo com o princípio já mencionado dos esquemas de tipo único.


O esquema “eu sou” menor, cópia do “EU SOU” DEUS

Caminhemos juntos à procura de Deus..... Para nós, humanos, Ele é hoje o inacessível, o incognoscível, que a nossa mente não pode alcançar além da Sua suprema afirmação no todo em que Ele nos apa­rece a qual nos diz: "Eu sou".
O...homem sabe que, ten­do sido ontem criança, sendo hoje adulto e amanhã velho, tudo mu­da nele e em seu derredor e que a única coisa que nele jamais mu­da é a existência desse centro pelo qual ele se chama e se sente sempre "eu".  Enquanto no ser tudo nasce e morre, somente esse  "eu" não morre jamais.
Todo ser existe no tem­po enquanto disser: "eu". Di-lo o átomo, a molécula, a célula, o mineral, a planta, o animal, o homem, a família, o Estado, a hu­manidade, a Terra, o sistema solar, os sistemas galáticos, o cosmo. No universo, tudo está sujeito a essa necessidade de individualização. Ele é composto de seres diversamente diferenciados,  mas todos dizem igualmente: "eu".
Este princípio universal do "eu", centro de todo o ser, é a única coisa que pode  manter-lhe a constante identidade em uma forma que, de outra maneira, não poderia en­contrar-se a si mesma e se perderia no seu contínuo transformismo.
O universo é um edifício composto de infinitos "eu", que, de um "Eu" central do Todo, se pulveriza hierarquicamente descendo para "eu'' sempre menores .... Todos esses  “eu”s  mantém um sistema orgânico que é próprio a cada um, evolvendo e funcio­nando sempre em cooperação com todos  os outros  “eu”.
E, se o "eu sou" de cada individualização é o seu íntimo princípio animador, se o "eu sou" do ho­mem é a sua alma, que poderá ser o "eu sou" do universo, o prin­cípio animador da forma máxima, senão Deus?
Assim se nos tornam compreensíveis as relações entre Deus e o Universo, pois que nós podemos observá-las refletidas em nós mesmos. Deus é o "Eu sou" do universo. Este, no seu aspecto dinâmico e físico, é a forma pela qual Deus exprime o pensamento e como que um Seu corpo, de modo que de Deus nós possamos na forma também, ver igualmente um semblante que pode espelhar na fisionomia e expressão o seu íntimo pensamento animador. (DEUS E UNIVERSO – Pietro Ubaldi - Cap O “Eu Sou” – Esquema do Ser – Pág. 30 – 2 Ed.)

O EGOCENTRISMO

Egocentrismo é a característica que define as personalidades que consideram que todo o mundo e todas as pessoas giram ao redor de si própria. (wikipedia – A enciclopédia livre – wikipedia.org)
O ...Egocentrismo possui ao invés (do egoísmo), apenas um sentido de centralização destituído de senso separatista e exclusivista, sem o objetivo de usurpar nada a outrem pelo contrário, com vantagem de conservação de um organismo global que é necessário e útil a todos os elementos componentes. O Estado, como um chefe de família, pode ser utilmente egocêntrico sem ser egoísta. Se todo ser, para existir, deve dizer: "eu" - o egocentrismo é uma necessidade de existência e, por isso, não pode haver culpa em se repetir os princípios do ser, expressos no siste­ma do universo. É também, segundo a Lei, que cada fragmento conserve interiormente a natureza do esquema consoante o qual o Todo-uno é construído.
....O egocentrismo de Deus é, pois, um egocentrismo perfeito, isto é, não constituído de um egoísmo separatista e exclusivista, como o dos seres inferiores, mas sim, feito de Amor, que reforça essa fundamental lei do ser, porque Deus é centro, não para sujeitar, mas para atrair, não para absorver, mas para  irradiar, não para tomar, mas para dar. Se, por sua vez, os "eu" menores têm necessidade do seu menor egocentrismo, para manter o seu me­nor sistema, naquele egocentrismo também eles encontram o limite do próprio ser. Em tal limite eles estão fechados, pois que ele for­ma o horizonte da sua existência e compreensão e só pela evolução podem sair dele, ampliando-o em outro mais vasto.
Assim é a íntima estrutura do sistema do universo. O grande modelo é Deus, que todos os seres, inclusive o homem, de­vem seguir. Esse Deus se encontra no centro do sistema, tudo cen­tralizando em Si, para tudo irradiar de Si, e as criaturas devem exis­tir à Sua imagem e semelhança, isto é, como tantos outros sois me­nores que irradiam, quais centros de sistemas menores. E. assim, hierarquicamente, cada um, segundo o grau de evolução atingido, cobre a maior ou a menor vastidão do sistema relativo ao seu raio de ação. Tal o modelo central, tal a lei do sistema. Certamente, a criatura é livre e pode, pois, agir de modo contrário. 

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